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Escravização de Africanos
Em meados de 1550 começaram a chegar os primeiros africanos ao Brasil, trazidos por meio do tráfico negreiro. Os portugueses possuíam feitorias instaladas desde o século XV e, desde então, mantinham relações comerciais com o reinos africanos, que incluíam a compra de escravos.
A colonização no Brasil foi se desenvolvendo e a necessidade por mais mão-de-obra era cada vez mais, o que fez com que o comércio de escravos africanos prosperasse muito. O tráfico negreiro era extremamente lucrativo, tanto para os traficantes, quanto para a Coroa Portuguesa.
Os escravos vinham para o Brasil amontoados dentro dos porões de navios – denominados navios negreiros – e eram vendidos nos portos brasileiros. Durante a longa viagem até o Brasil, muitos africanos não sobreviviam e seus corpos eram lançados no mar, como uma alternativa de diminuir o peso nos navios.
Os escravos africanos, primeiramente, atenderam as demandas da produção de açúcar nos engenhos. As jornadas de trabalho eram exaustivas, chegando a até 20 horas por dia e, além disso, eram marcadas pela violência vinda dos senhores de engenho.
O trabalho feito pelos escravos africanos era considerado muito mais pesado do que trabalhar nas plantações. Isso é comprovado pelo fato de que nas moendas – local em que a cana-de-açúcar era moída para extrair seu caldo – era comum ocorrer acidentes em que os escravos acabavam perdendo mãos ou braços.
Já nas fornalhas e nas caldeiras – local onde ocorria o cozimento do caldo de cana – os escravos constantemente se queimavam. Essa etapa do trabalho era considerada tão árdua, que acabava sendo reservada para os escravos que eram considerados mais rebeldes.
O tratamento recebido pelos escravos era desumano. A alimentação, muitas vezes, era insuficiente e os escravos precisavam complementá-la com os alimentos obtidos de uma pequena lavoura que cultivavam aos domingos. Além disso, eles dormiam no chão da senzala e eram monitorados constantemente para evitar que fugissem.
Os escravos que trabalhavam na casa-grande – residência dos donos dos escravos – recebiam um tratamento melhor. Eram alimentados e bem vestidos. Além disso, havia escravos que trabalhavam nas cidades em ofícios dos mais variados tipos.
Se os escravos cometessem qualquer tipo de erro ou desobedecessem, eles recebiam castigos físicos muito dolorosos. Entre as punições mais comuns, então os açoitamentos. Além dos maus-tratos e as péssimas condições em que viviam, as mulheres negras também muitas vezes eram exploradas sexualmente.
A escravização dos africanos não era aceita de maneira passiva e esse processo é marcado pela resistência e luta dos escravos que, muitas vezes, fugiam e formavam quilombos. Um exemplo da luta dos escravos é a Revolta dos Malês.