Texto)Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o amar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
01) (D4) Em “Que pode uma criatura senão, / entre criaturas, amar?”, pode-se inferir que para o eu lírico:
a) ( ) o ato de amar é uma bobagem e não tem nenhuma importância.
b) ( ) o ato de amar se resume a uma única ideia e não requer nenhuma vocação.
c) ( ) o ato de amar é uma vocação, é nato.
d) ( ) o ato de amar não é uma vocação, é um processo inato.
02) (D3) A expressão “ser amoroso’ pode ser interpretada como:
a) ( ) alguém que não tem amor, mas está amando.
b) ( ) alguém que acredita no amor constante.
c) ( ) alguém que ama raramente, mas não acredita no amor.
d) ( ) alguém que está desiludido com o amor, mas está amando.
03) (D17) Na terceira estrofe, a vírgula foi empregada para:
a) ( ) separar o aposto.
b) ( ) separar o vocativo.
c) ( ) separar o termo explicativo.
d) ( ) separar elementos enumerados.
04) (D19) Ao longo de todo o poema ocorre uma repetição constante do verbo amar. Pode-se pressupor que
essa repetição verbal tem como intuito sugerir que:
a) ( ) o ato de amar não é constante, é aleatório.
b) ( ) o ato de amar é finito e termina com facilidade.
c) ( ) o ato de amar é constante e infinito para o ser humano.
d) ( ) o ato de amar é insignificante e inconstante.
05) (D6) O tema predominante do poema em questão é:
a) ( ) o amor passageiro.
b) ( ) o amor sem vocação.
c) ( ) o amor que sempre se repete.
d) ( ) o amor que nunca se repete.
06) (D3) Em “doação ilimitada a uma completa ingratidão”, a expressão destacada pode sugerir que:
a) ( ) o amor deve ser desinteressado e de pura entrega.
b) ( ) o amor deve ser de pura entrega, mas com alguns interesses próprios.
c) ( ) o amor deve ser baseado em suas próprias vontades.
d) ( ) o amor deve ser baseado na doação, mas não na entrega.
Respostas
respondido por:
6
Resposta:
- (c)
- (a)
- (d)
- (c)
- (c)
- (a)
ESPERO TER AJUDADO =)
anavitoriasouz74:
obrigada
Perguntas similares
3 anos atrás
3 anos atrás
3 anos atrás
5 anos atrás
5 anos atrás
5 anos atrás
8 anos atrás
8 anos atrás