“Para que a História da Educação?
Para cultivar um saudável ceticismo – Vivemos num mundo do espetáculo e da moda, particularmente no campo da educação. A ‘novidade’ tende a ser vista como um elemento intrinsicamente positivo. Há uma inflação de métodos, técnicas, reformas, tecnologias. Mais do que nunca é preciso estarmos avisados em relação a ‘essas novidades’, evitando frenesi da mudança que serve, regra geral, para que tudo continue na mesma. A história da educação é um dos meios mais eficazes para cultivar um saudável ceticismo, que evita a agitação e promove a ‘consciência crítica’.
Para compreender a lógica das identidades múltiplas – Vivemos em uma época marcada por fenômenos de globalização e por uma desenraizada circulação de idéias e conceitos e, ao mesmo tempo, por um exacerbar de identidades locais, étnicas, culturais ou religiosas. Uma das funções principais do historiador da educação é compreender esta lógica de ‘múltiplas identidades’, por meio da qual se definem memórias e tradições, pertenças e filiações, crenças e solidariedades.
Para pensar os indivíduos como produtores de história – ‘O presente não existe sem o passado, e estamos a fabricar o passado todos os dias. Ele é um elemento de nossa memória, é graças a ele que sabemos quem fomos e como somos.’. Nunca, como hoje, tivemos uma consciência tão nítida de que somos criadores e não apenas criaturas, da história. A reflexão histórica, mormente no campo educativo, não serve para ‘descrever o passado’, mas sim para nos colocar perante um patrimônio de idéias, de projetos e de experiências....
Para explicar que não há mudança sem história – O trabalho histórico é semelhante ao pedagógico. Estamos sempre a lidar com a experiência e a fabricar a memória. Hoje, as políticas conservadoras revestem-se de vernizes ‘tradicionais’ ou ‘inovadores’. O seu sucesso depende de um aniquilamento da história”. (António Nóvoa, é professor universitário português que estuda e atua nas áreas de História da Educação e formação de professores)
Considerando o texto de Nóvoa, é verdadeiro afirmar que:
I. os estudos de História da Educação possibilitam ao professor conhecer métodos, técnicas, reformas do ensino e tecnologias utilizadas em diferentes tempos e analisar, criticamente, as mudanças propostas com relação às práticas educativas.
II. muitos métodos e técnicas educacionais persistem porque a escola e os sistemas de ensino pouco mudam com o tempo, ainda que considerando culturas diferenciadas.
III. os estudos de história da educação, na medida em que abordam diferentes experiências educacionais no tempo, no espaço e nas diferentes culturas, possibilitam ao professor conhecer e entender a diversidade e a pluralidade como processos historicamente produzidos e assentar a sua prática docente considerando tal perspectiva.
IV. os estudos de História da Educação não são tão relevantes na formação docente porque, na maioria dos casos, ao professor cabe cumprir exatamente o que é indicado por seus superiores e não há necessidade de reflexão sobre suas práticas.
De acordo com o solicitado, estão corretas somente as afirmativas:
Escolha uma: a. II e III. b. I e II. c. I e III.
Respostas
Resposta:
resposta é a C.l e lll
Explicação:
Bom eu respondi essa e acertei procurei no texto e acertei
Letra C: I e III são corretas, visto que ao considerarmos o texto de Nóvoa, é verdadeiro afirmar que os estudos de História da Educação possibilitam ao professor conhecer e munir-se e noas metodologias, técnicas e reformas do ensino.
Estudar a História da Educação é tão importante porque o professor poderá usar as diferentes ferramentas e analisar de maneira crítica quais serão as mudanças propostas com relação às práticas educativas a serem utilizadas.
Os estudos de história da educação abordam e proporcionam diferentes experiências educacionais no tempo, no espaço e também nas várias culturas existentes, ampliando a compreensão e conhecimento do professor sobre a pluralidade.
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