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Visto que existe uma infinidade de substâncias em nosso planeta, os químicos decidiram separá-las em grupos cujos membros apresentam propriedades químicas semelhantes. Esses grupos são chamados de funções químicas.
Um desses grupos é o da função inorgânica dos ácidos. Os ácidos têm várias aplicações e estão presentes em vários produtos de nosso cotidiano. Por exemplo, frutas como limão e laranja possuem o ácido cítrico (C6H8O7); na bateria de automóveis há uma solução de ácido sulfúrico (H2SO4); o ácido muriático é usado para limpezas de azulejos; pedras têm como principal componente o ácido clorídrico impuro (HCl) e o vinagre possui o ácido acético (C2H4O2).acidez" redireciona para este artigo. Para a função química, veja Acidez (função).
Ácidos e bases
EscalapH.png
Escala de pH (e pOH)
Afinidade por prótonAnfoterismoAutoionização da águaConstante de dissociação ácidaExtração ácido-baseFisiologia ácido-baseFunção de acidezHomeostase ácido-basepHReação ácido-baseSolução tampão
Ácidos
Brønsted–LowryCarboxílicosFortesFracosHidrácidosLewisMineraisOrgânicosOxiácidosSuperácidos
Bases
Brønsted–LowryFortesFracasLewisNão nucleofílicasOrgânicasÓxidoSuperbases
vde
Ácido, no âmbito da química, pode se referir a um composto capaz de transferir Íons (H+) numa reação química (vide ácido de Brønsted), podendo assim diminuir o pH de uma solução aquosa, ou a um composto capaz de formar ligações covalentes (vide ácido de Lewis) com um par de eléctrons.[1] As bases são os análogos opostos aos ácidos.
Há dois tipos de ácidos, os hidrácidos e os oxiácidos (que possuem oxigênio em sua composição).
Na antiguidade, as propriedades organolépticas, eram importantes na caracterização das substâncias. A palavra ácido, por exemplo, vem do latim acere, que significa azedo, e produtos que tinham esse sabor, como o vinagre, o leite coalhado e o suco de limão, eram considerados ácidos. Atualmente, sabemos que o sabor azedo característico destes produtos é devido a presença de ácidos carboxílicos em sua composição, como o ácido acético (vinagre), o ácido D-láctico (leite coalhado) e o ácido cítrico (suco de limão). [11]
Um dos primeiros ácidos preparados em laboratório foi o ácido sulfúrico, obtido primeiramente por Helmont (~1600) através do aquecimento do sulfato ferroso, seguido de destilação e, posteriormente, por queima do enxofre. O ácido clorídrico, que é um gás, foi descoberto por Priestley em 1772, quando reagiu o ácido sulfúrico concentrado com cloreto de sódio (NaCl). A dissolução desse gás em água conduziu a uma solução ácida, que foi chamada de ácido muriático (no latim muria significa salmoura).[11]
Em 1657, o químico irlandês Robert Boyle observou que os ácidos tinham a propriedade de transformar uma tintura vegetal azul (litmus) em vermelha, sendo esta descoberta precursora dos indicadores usados em Química Analítica. Alguns anos depois (1777) Lavoisier, considerado um dos fundadores da Química moderna, postulou que a acidez era causada pela presença de um átomo na estrutura, o qual denominou de Oxigênio, cujo significado é "gerador de ácido" (do grego: oxis = azedo e genes = nascido). Esta ideia embora errada, foi a primeira tentativa de caracterizar quimicamente os ácidos.[11]