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Por definição, o ato teatral envolve a utilização do texto através da encenação e espetáculo, o ato corresponde, ainda, a uma divisão marcada por um tempo, cortado ou não por uma pausa na representação que poderá permitir uma alteração de cenário, a mudança de figurino dos atores ou a entrada e saída de personagens. Ou seja, o teatro que todos já conhecem.
A tecnologia digital chega aos palcos para tornar possível o antigo sonho de vários artistas, transcender o corpo humano. A cultura digital não significa mais uma tecnologia de reprodução, mas a produção imediata entre o material e o virtual.
O teatro virtual consiste na utilização de recursos técnicos digitais na ampliação da capacidade de expressão artística nas várias dimensões em que consiste uma peça como voz, corpo, luz, cenário, texto e atores. Os papéis do autor, ator e platéia se misturam, mostrando a interatividade desse novo conceito da arte.
A chegada de novas tecnologias sempre causa polêmica quanto ao término de um ciclo,no teatro muito já se especulou sobre seu fim, com a popularização do rádio, da televisão e do cinema, hoje com a tendência do teatro digital com sua interatividade, portabilidade e fácil acesso na internet, se discute sobre a interferência da tecnologia no futuro do movimento artistico. O diretor, ator e coordenador do núcleo de artes cênicas da Fundec de Sorocaba, Mario Persico, não teme mudanças no teatro influenciadas pelas tecnologias. “Acho que o teatro sempre será artesanal. Porem será o teatro de seu tempo e como tal vai incorporando as novas tendências muito mais que tecnologias. O teatro pós moderno se utiliza de projeções nos espetáculos, as vezes dialogando com a encenação, as vezes simplesmente criando um estranhamento”