Respostas
Resposta:
Depois que o novo texto do Projeto de Lei 399/15, que legaliza o cultivo de Cannabis medicinal e industrial no Brasil, foi apresentado, na semana passada, integrantes do governo Bolsonaro e políticos da base do presidente passaram a criticar com veemência a proposta.
O principal argumento é o de que a lei não é necessária, já que a Anvisa regulamentou a venda de derivados de Cannabis no Brasil, em janeiro. Que, por isso, o PL seria apenas uma estratégia para legalizar as drogas no país. Já o secretário Nacional de Prevenção às Drogas, Quirino Cordeiro, vai mais além e sustenta que o texto é fruto da influência do “Grupo de Socialistas Gramsci-Frankfurtianos”, que busca a liberação das drogas para implantar o socialismo no Brasil através da destruição dos valores ocidentais.
De volta ao documento, a proposta prevê o cultivo por empresas, governo e associações de pacientes. Os autores do projeto defendem a necessidade da lei, pois a regulamentação da Anvisa arquivou o plantio em solo nacional. Isso faz com que esses medicamentos custem mais de R$ 2 mil nas farmácias do país. Já sobre a alegação de liberar o consumo de maconha, o deputado Luciano Ducci (PSB-PR), relator do assunto na comissão especial da Câmara, explicou que a proposta proíbe a venda de flores in natura e que o cultivo por pessoas físicas não está previsto.
Porém, isso não estão sendo levadas em conta pelos opositores ao projeto. Em 25 de agosto, a ministra de Direitos Humanos, Damares Alves, participou de uma transmissão ao vivo com políticos das bancadas religiosas, além do deputado Osmar Terra (MDB-RS), que é o maior opositor à Cannabis no Congresso. No encontro, Damares alegou saber o que “está por trás” desse projeto.
“Temos que cuidar das nossas crianças sem liberar a plantação no Brasil. Quero o melhor, mas que não seja a plantação em massa. Sei exatamente o que está por trás. Não é o uso medicinal”.