Uma das tendências da historiografia brasileira atual relativa ao tráfico de escravos caracteriza-se pelo questionamento quanto às motivações que teriam levado o continente africano a fornecer escravos durante aproximadamente três séculos e a custos bastante baixos. Abandonando a visão da Africa como uma parceira passiva no processo de colonização, os historiadores arrolam motivos que fundamentam essa nova visão. Em relação a essa nova abordagem sobre o tráfico, assinale a alternativa correta. Os portugueses acreditavam que o tráfico de escravos abria aos africanos o caminho para a salvação. Não sendo cristãos, eles seriam condenados ao inferno por toda a eternidade caso permanecessem na Africa. Os africanos já praticavam o comércio de escravos e a escravidão antes da chegada dos europeus à Africa. Os portugueses teriam dado uma nova dimensão ao comércio de escravos em aliança com os chefes africanos e os mercadores locais. A seca e a fome, constantes no continente africano, faziam com que os negros vissem no tráfico de escravos uma oportunidade para se deslocarem para uma região menos produtiva. O comércio de escravos era decisivo para que os portugueses fizessem o comércio triangular (Brasil, Africa e Índia), ao trocarem os africanos pelos panos indianos e pelo açúcar brasileiro.
Respostas
Resposta: letra B
Explicação: Antes da presença europeia na África subsaariana, reinos africanos praticavam a captura de inimigos – de outros grupos - que eram reduzidos à escravização e comercializados. Também havia escravização por dívidas. A chegada dos europeus, aumentou em muito a proporção da escravização e fez do tráfico um negócio especializado, intercontinental, de grandes proporções.
Resposta:
Letra D
Explicação:
As alternativas A e C são incorretas porque afirmam que a escravização era uma prática benéfica para os africanos, desconsiderando os imensos danos individuais e sociais que provocou nos atingidos. A alternativa D é incorreta porque as capturas não se davam apenas em torno da água e eram enviados os capturados comercializados com os europeus; a alternativa E é incorreta porque o tráfico negreiro era um negócio especializado para os portugueses, não estava condicionado a trocas com as Índias.