Para compreender adequadamente as ideias dos autores do século XVII, é necessário um conhecimento sumário do funcionamento do sistema monetário europeu no período moderno. Neste período que antecede a disseminação do papel-moeda, predominava na Europa um sistema monetário bimetalista, em que ouro e prata eram efetivamente cunhados e entravam no curso das transações comerciais sob a forma de moedas. As moedas de prata, de menor valor, constituíam o principal instrumento das trocas, ao passo que as moedas de ouro eram reservadas para transações de grande porte, em especial aquelas que envolviam o transporte de moeda por longas distâncias. Cada região adotava uma taxa de conversão entre ouro e prata, que variava razoavelmente de acordo com a oferta e demanda relativas de cada metal. Dentro da Europa, esta taxa de conversão flutuava entre 10:1 e 13:1, dependendo da localidade. Entretanto, o mercado de prata encontrava-se constantemente sob pressão devido ao escoamento das moedas deste metal em direção ao Oriente - onde a cotação da prata em relação ao ouro era significativamente maior do que na Europa.
Avalie as seguintes proposições e a relação proposta entre elas:
I – Mercantilistas como os ministros franceses Cardeal Richelieu (1584 – 1643) e Jean-Baptiste Colbert (1619-1683) defendiam a concessão de monopólios e privilégios comerciais que interessassem ao reino. Para que as ideias mercantilistas fossem colocadas em prática, era preciso um forte controle governamental
PORQUE
II – Era essencial, em sua lógica que o governo concedesse privilégios de monopólio a empresas envolvidas no comércio exterior e restringisse a livre entrada no comércio interno para reduzir a concorrência. As atividades agrícolas, minerais e industriais eram promovidas com subsídios e protegidas das importações via tarifas. O governo, também regulava os processos de produção para garantir a qualidade dos produtos e não dificultar as exportações.
A respeito destas asserções, assinale a opção correta:
Alternativas:
a)
As asserções I e II são proposições falsas.
b)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a I não justifica a II.
c)
A asserção I é uma proposição falsa e a II verdadeira.
d)
A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é falsa.
e)
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I.
Alternativa assinalada
Resposta letra E
F – V – V – F – V
Respostas
II – As cidades que já vinham crescendo desde a Baixa Idade Média, ganhavam cada vez mais importância e autonomia frente à nobreza, assim como o comércio que prosperava dentro dos reinos e entre eles, consequentemente a moeda era cada vez mais utilizada.
III – A chegada dos europeus às Índias assim como a conquista de territórios da América e da África permitiram um aumento exponencial do comércio e do uso de moeda por parte da cristandade dos séculos XV e XVI.
c)Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
I – Mercantilistas como os ministros franceses Cardeal Richelieu (1584 – 1643) e Jean-Baptiste Colbert (1619-1683) defendiam a concessão de monopólios e privilégios comerciais que interessassem ao reino. Para que as ideias mercantilistas fossem colocadas em prática, era preciso um forte controle governamental
PORQUE
II – Era essencial, em sua lógica que o governo concedesse privilégios de monopólio a empresas envolvidas no comércio exterior e restringisse a livre entrada no comércio interno para reduzir a concorrência. As atividades agrícolas, minerais e industriais eram promovidas com subsídios e protegidas das importações via tarifas. O governo, também regulava os processos de produção para garantir a qualidade dos produtos e não dificultar as exportações.
e)As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I.
Considerando este contexto, analise as afirmativas a seguir e assinale V para verdadeiro e F para Falso:
( ) Os fisiocratas concordavam com minuciosa regulamentação da produção pelo governo, que chegou a definir o número exato de fios necessários por metro de tecidos, o que poderia até garantir a qualidade, mas aumentava consideravelmente o preço dos bens, além de permitir mudanças dos métodos de produção ou na preferência dos consumidores.
( ) Para Quesnay, talvez o maior teórico dentre os fisiocratas, apesar do comércio e da concorrência estarem aumentando, apenas com o regime mercantil a indústria francesa não acompanharia o desenvolvimento necessário em função do governo que impunha pedágios, impostos e tarifas internas.
( ) O comércio de grãos na França foi altamente regulamentado pelo Estado, diferente de outros tipos de comércio. A exportação de grãos era proibida, comprovando que as autoridades estavam mais interessadas em manter o fornecimento equilibrado do que promover os interesses da agricultura, com exceção apenas nos anos de fartura, no qual permissões especiais eram emitidas (era definida a quantidade, o tipo de grão exportado e o destino).
( ) Os fisiocratas davam pouca importância à agricultura, e defendiam que a indústria, o comércio e as profissões eram úteis para não apenas reproduzir o valor consumidor em matéria-prima e subsistência para os trabalhadores, como também para gerar empregos. Assim, apenas a agricultura era de fato improdutiva, já que produzia excedente líquido, um valor acima dos recursos utilizados na produção.
( ) Os fisiocratas introduziram a chamada “ordem natural ao pensamento econômico”, segundo a qual as leis da natureza governam as sociedades humanas, ou seja, todas as atividades deveriam ser harmônicas com a leis da natureza. Neste sentido foi criada a expressão laissez-faizer, laissez-passer, que significa “deixai fazer, deixai passar” e constitui um lema contra a interferência do governo nas atividades produtivas.
d)F – V – V – F – V.
I – Se com a divisão do trabalho, cada trabalhador se especializa em apenas uma tarefa, com a divisão do trabalho em uma fábrica consegue-se produzir menos do que na produção tradicional/artesanal, quando vários indivíduos são responsáveis por todo o processo produtivo.
II – Segundo Smith, a divisão do trabalho aumenta a quantidade de produção por três razões: primeiro cada trabalhador desenvolve uma habilidade maior na realização de uma simples tarefa repetitivamente. Segundo, economiza-se tempo, pois se cada trabalhador não puder ir ao trabalho, outro fará sua função. E terceiro, o maquinário pode ser desenvolvido para aumentar a produtividade, pois as tarefas foram simplificadas por meio da divisão do trabalho.
III – Para Adam Smith, a divisão do trabalho é um processo de transformação das organizações que tem origem no feudalismo.
IV – A divisão do trabalho é, para Smith, um processo que transforma a participação de cada um dos indivíduos que fazem parte do processo produtivo. Para ele, apesar da desigualdade na propriedade, a divisão do trabalho se estende até o mais humilde membro de uma comunidade.
c)Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
Aap3 - História Econômica Geral e Evolução do Pensamento Econômico
1 - C → Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
2 - E → As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I.
3 - D → F – V – V – F – V.
4 - C → Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
CORRIGIDA PELO AVA (25/04/2022)