O conceito de substância é essencial para compreender a metafísica aristotélica. Aristóteles considera a existência de substâncias suprassensíveis, como Deus, essenciais para a explicação da Teoria das Causas. Sobre esses conceitos, assinale a alternativa correta: A. O Princípio deve ter um início: se o movimento do cosmos foi gerado, a sua causa (Deus) também deve ter sido gerada. B. O Princípio deve ser móvel: se os movimentos dos corpos existem, a causa deve ser outro corpo em movimento que os impulsiona e promove o primero movimento capaz de desencadear os demais. C. O Deus aristotélico é amado pelos homens, mas não os ama individualmente, pois o amor é a tendência a possuir algo que não se detém e Deus não é privado de nada. Assim, é incapaz de amar qualquer coisa que não seja a si mesmo. D. Aristóteles admite a existência de apenas uma divindade, um Deus, uma inteligênica, pois não pode haver outras que se comparem ou sejam análogas a seu poder supremo, ainda que inferiores a ele. E. O Princípio é dotado de ato e potênica: para ser capaz de manter o movimento dos corpos, deve ser dotado de potência para gerar os movimentos e ato para realizá-los.
Respostas
Resposta:
C. O Deus aristotélico é amado pelos homens, mas não os ama individualmente, pois o amor é a tendência a possuir algo que não se detém e Deus não é privado de nada. Assim, é incapaz de amar qualquer coisa que não seja a si mesmo
Resposta:
c)O Deus aristotélico é amado pelos homens, mas não os ama individualmente, pois o amor é a tendência a possuir algo que não se detém e Deus não é privado de nada. Assim, é incapaz de amar qualquer coisa que não seja a si mesmo.
Explicação:
O Princípio deve ser eterno: Aristóteles considera que o movimento é eterno. Por isso, a sua causa também deve ser eterna. Logo, não faz sentido que o movimento eterno decorra de um ser que não o seja. O Princípio deve ser imóvel: somente uma causa imóvel pode ser causa do que é móvel. Os movimentos singulares somente podem ter origem em motores imóveis, retomando a cadeia de corpos em movimento. Chega-se à conclusão de que deve haver uma causa imóvel e primeira que tenha dado origem aos movimentos subsequentes. O Princípio deve ser atopuro: o princípio não tem potencialidade; deve ser sempre um ato, pois é isso que garante o movimento perpétuo dos céus. Se houvesse potencialidade, seria possível pensar em um ato porvir, em um ato para acontecer, o que não garantiria a constância do movimento. Aristóteles admite a existênica de mais de uma Deidade ou mais de uma Inteligência. O Primeiro Motor Imóvel é único, mas não basta para explicar o movimento de todas as esferas que Aristóteles pensava que constituíam o céu. Por isso, admitia a existência de muitas outras inteligências análogas ao Motor Imóvel, mas que eram inferiores a ele e inferiores hierarquicamente entre si. O Deus aristotélico é amado pelos homens, mas não os ama ou se ocupa deles individualmente, pois o amor é a tendência a possuir algo que não se detém e Deus não é privado de nada. Assim, é incapaz de amar qualquer coisa que não seja a si próprio.