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Em Medeia (Sêneca), a mãe, Medeia, contra o desterro, mata os filhos; em Gota D’Água (Chico Buarque e Paulo Pontes), Joana, a Medeia carioca-brasileira, mata os filhos como “solução” final contra o despejo. Ambas, tragédias! Será? Aqui propomos pensar as mortes como “linhas de fuga” deslocando as tragédias para os mundos da normalidade e da normatividade do reino gerido pelo rei (Medeia) e do conjunto habitacional controlado pelo dono (Gota D’Água). Em uma e em outra narrativa as mortes criam espaços em desvario, denunciando que as vidas são mais que objetos a serem comandados por forças de linhas duras ou segmentares, e inventam, extraordinariamente, um devir-vida sem culpa. ( bons estudos)
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