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Assim como os Incas e os Maias, os astecas eram politeístas (acreditavam em vários deuses). Seus principais deuses eram ligados ao ciclo solar ou atividade agrícola. Realizavam culto aos deuses com sacrifícios humanos – era bastante normal esses sacrifícios diariamente.
O povo asteca deu grande importância ao desenvolvimento de diversas áreas do saber. Possuíam um calendário que muito se assemelhava aos padrões utilizados na contagem feita do tempo hoje. Sua linguagem era tanto pictórica quanto hieroglífica, ou seja, utilizavam de desenhos, símbolos e sons para fabricarem transmitirem uma mensagem. O desenvolvimento da escrita entre os astecas não tinha apenas um caráter funcional, muitos poemas, cantos religiosos e peças teatrais foram registradas por seu sistema de escrita.
A medicina entre os astecas era uma tarefa desempenhada por xamãs e curandeiros. Por meio de rituais e transes diagnosticavam a doença e o tratamento contra certo incomodo físico. A fitoterapia era um método recorrente na preparação de infusões, chás e pomadas destinadas aos mais variados tratamentos médicos. Por meio do conhecimento acumulado faziam sangrias, tratavam feridas, curavam cáries e doenças visuais e auditivas.
Entre os astecas também existiam arquitetos responsáveis por elaborar a construção de templos e obras públicas. Diversos palanques, rampas e represas eram elaboradas para o desenvolvimento da agricultura. Além disso, o complexo grau de elaboração arquitetônica era marcante nos templos e palácios astecas.
No âmbito da pintura e da escultura desenvolveram ricas técnicas de cunhagem em metais. Suas gravuras possuíam perspectiva e as imagens sempre eram retratadas de frente ou de perfil. Várias cores adornavam o padrão estético asteca, sempre marcado por cores quentes e vibrantes. Outro trabalho artístico asteca empregava a manipulação de penas e plumas utilizadas na confecção de adornos e acessórios utilizados por nobres, sacerdotes e autoridades políticas.
A riqueza da cultura e dos saberes dos astecas demonstra o notório potencial criativo deste povo. Além disso, a diversidade cultural asteca questiona o tradicional olhar eurocêntrico que coloca as demais civilizações como abaixo do “elevado grau” de desenvolvimento da cultura europeia. Infelizmente, toda essa riqueza foi em grande parte perdida com o processo de dominação espanhola deflagrado no século XVI.