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Brasil, berço dos maiores aquíferos do mundo: saiba quais são eles
O Brasil possui dois dos maiores aquíferos do mundo, o Guarani e o Alter do Chão. Outros também merecem destaque, como o Cabeças, o Urucuia-Areado e Furnas. Formadas por rochas permeáveis, essas formações geológicas transmitem água (muitas vezes potável) para poços e nascentes. Considerado o maior do mundo, o aquífero Alter do Chão é o maior em extensão de água e compreende a região do Amazonas, Pará e Amapá. Segundo estimativas, seria suficiente para abastecer toda a população mundial por 100 vezes, com um volume que alcança 86 mil km³. Em termos comparativos, o Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água potável que o Guarani, que passa também pela Argentina, Paraguai e Uruguai. Sua extensão territorial, porém, é menor que a do aquífero que abastece os outros países sul-americanos - o Guarani se encontra em alarmante estado de degradação por estar localizado em uma região populosa e poluída, a Centro-leste do continente.
Quando o assunto é a reserva do Alter do Chão, é importante enfatizar o seu alcance: para se ter uma ideia, a região de Manaus tem cerca de 40% do seu abastecimento de água proveniente da formação, e a reserva fornece ainda 30% da água consumida na cidade de São Paulo. As águas deste aquífero, em paralelo ao recurso oriundo do Guarani, são bem menos poluídas porque se encontram na região amazônica, em que a concentração populacional é significativamente menor. No Guarani há excesso de flúor, metais pesados e inseticidas agrícolas, mas a ação do homem também é acelerada pelas características naturais da formação: as rochas ali presentes filtram menos a água da superfície. A formação rochosa do Alter do Chão é mais arenosa, o que permite uma filtragem de recarga de água na reservasubterrânea.

Conheça os tipos de aquíferos
Agora que você conhece os principais aquíferos brasileiros, é interessante notar que essas reservas de águas subterrâneas podem ser classificadas em duas categorias gerais:
Livres ou freáticos: são os aquíferos que possuem formação geológica de característica permeável, com base geralmente formada por argila. É o tipo mais explorado para abastecimento, apesar de ser o que mais apresenta índices de contaminação.
Confinados ou artesianos: esses aquíferos possuem água confinada entre camadas de rochas permeáveis ou semipermeáveis a maiores profundidades. Isso faz com que a água subterrânea fique confinada sob uma pressão superior à pressão atmosférica. Por este motivo, a maior parte dos poços perfurados para a captação do recurso tende a “jorrar”. A depender do tipo de rocha ao qual está associado, o aquífero artesiano ainda pode ser classificado como aquífero de fraturas (rochas ígneas ou metamórficas), aquífero poroso (de formação rochosa sedimentar, com maior capacidade de absorção. O Aquífero Alter do Chão se encaixa nesse tipo) ou ainda aquífero cárstico (rochas carbonáticas).
O esgotamento dos aquíferos por superexploração ocorre em todas as regiões do planeta, principalmente para fins de irrigação. No Brasil, esse quadro ainda se agrava pelo fato de que não há uma legislação específica que determine sobre a extração racional de águas subterrâneas, o que tem comprometido o uso adequado do recurso proveniente dessas reservas naturais tão preciosas. Se o contexto demanda uma ação fundamental por parte das autoridades, a conscientização acerca da importância dos nossos aquíferos é um primeiro passo definitivo para as empresas e as populações que usufruem desse tipo de abastecimento.
Explicação:
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