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Explicação:
Desde que iniciei a minha vida de estudante, aprendi que a chamada era a primeira tarefa. E acredito que ainda hoje, na maioria das escolas, esse ritual ainda se repete. Só depois da confirmação da presença de cada aluno, a aula começava. E, claro, às vezes, alguns estavam na sala, mas não estavam presentes. Tinha-se que repetir o nome e alguns levavam mesmo falta. Só hoje acalço a profunda importância filosófica desse ato. Antes de dar início à aula, a professora queria saber se estávamos ali, se habitávamos o tempo presente. Quem me acompanha neste espaço, já deve ter percebido a importância que dou ao valor da vida “no seu instante vivido”, isto é, a vida no presente, em detrimento ao passado e ao futuro. E não é apenas devido ao capricho de uma convertida ao vitalismo, é porque é uma necessidade. E uma necessidade urgente.
E não é alarmismo, afinal, quais são os grandes males existenciais da modernidade? A ansiedade e a depressão. E aqui compreende-se: a depressão é o excesso do passado e a ansiedade é o excesso de futuro. É preciso que se compreenda que o passado e o futuro não existem no mundo real, eles só fazem sentido na nossa mente — são tempos da alma — e o seu “exercício” só é possível em sacrifício ao presente. Portanto, o apego ao passado e futuro negligencia e anula o presente, logo, anula a vida.