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No início de agosto, o adolescente Lucas Santos, de apenas 16 anos, filho da cantora Walkyria Santos, teve que lidar com comentários negativos a respeito de um vídeo postado em um aplicativo. Vítima da violência virtual, do ódio na internet, ele acabou tirando a própria vida.
A morte do garoto joga luz sobre a necessidade de se refletir sobre um problema sério às vésperas do Dia Mundial para Prevenção do Suicídio, comemorado em 10 de setembro e que norteia a campanha Setembro Amarelo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens entre 15 e 29 anos, só perdendo para acidentes de trânsito. No Brasil, é a terceira causa, atrás apenas de acidentes de trânsito e homicídios.
Os casos mais recentes têm, em boa parte, relação com as redes sociais. Daí a importância de se fazer esse alerta, como destaca o psiquiatra Sosthenes Delai, que atua na Green House Psiquiatria, grupo com clínicas em Guarapari e Fundão.
"Os adolescentes hoje em dia estão muito conectados às mídias digitais. Temos que lembrar que a adolescência é um período importante no processo do desenvolvimento, quando se aprende novas habilidades sociais, quando ocorre poda neuronal. E as redes sociais acabam tendo muita influência sobre esses jovens, tanto positiva quanto negativa", observa ele.
Sosthenes analisa que, por se exporem mais nas redes sociais, esses jovens acabam sendo alvos mais frequentes de haters, de bullying. "Se há um jovem mais vulnerável, que está passando por uma fase de adoecimento psíquico por conta de depressão ou uso de droga, por exemplo, a ideia do suicídio chega até ele mais facilmente. Até porque há vídeos sobre suicídio na Internet, nas redes sociais, que podem se tornar gatilhos para que esse jovem venha a tentar tirar a própria vida."
Explicação:
Suicídio na Internet pode trazer depressão Para os pesquisadores, a causa da depressão em adolescentes por causa do uso das redes sociais tem a ver com a natureza desse uso. As garotas tendem a usar mais redes sociais como o Facebook, Snapchat e Instagram, que é mais baseado na aparência física, tirando fotos e comentando sobre elas.