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Logo após os primeiros sinais de amenização da calamidade, o entusiasmo do povo brasileiro para sair às ruas e desfrutar da sobrevivência, numa espécie de catarse coletiva, era enorme. No início de 1919, depois de um ano marcado pelas mortes da gripe espanhola e pelos resquícios da Primeira Guerra Mundial, aconteceu aquele que entrou para a história como o “Carnaval dos carnavais”.
As semelhanças entre as situações chamam a atenção. Também agora, a expectativa dos foliões é grande, já que o último bloquinho saiu há 20 meses. Mas ainda há muitas dúvidas sobre a realização da festa. Ao menos duas dezenas de cidades já cancelaram o Carnaval, enquanto outras, como Rio de Janeiro e São Paulo, ainda aguardam os desdobramentos da quarta onda de Covid-19 e os impactos da variante Ômicron.
Com menos informações científicas, em 1919 a decisão foi pela festa – uma das maiores que se viu. Naquele Carnaval nasceu o Cordão do Bola Preta, um dos principais blocos do Rio de Janeiro. Grupos de pessoas vestidas com trajes tipicamente espanhóis lotavam as ruas: as mulheres de longas saias vermelhas e leques e os homens de jaquetas bordadas e chapéus.