• Matéria: História
  • Autor: kfmuniz
  • Perguntado 3 anos atrás

Leia o trecho a seguir:

"No Brasil, as representações da vida íntima na senzala permaneceram quase constantes, desde antes da Abolição até a década de 1970. [...] Entretanto, se o quadro continuava o mesmo, a moldura havia mudado. Uma frase de Gilberto Freyre assinala a mudança de paradigma [...]: 'essa animalidade dos negros [escravos], essa falta de freio aos instintos, essa desbragada prostituição dentro de cada, animavam-na os senhores brancos [...]'. Sentencia Freyre: 'o negro foi patogênico, mas a serviço do branco'." (SLENES, 2011).

Analise as informações e assinale a alternativa correta:


A.
Apesar de a escravidão ser um assunto muito discutido desde o século XIX, cada época retoma a discussão e imprime uma interpretação própria. Freyre aborda a violência sexual que ocorria dentro do sistema patriarcal, mas imputa a problemática ao homem branco.


B.
Slenes afirma que Freyre mantém a tradição de discurtir o sistema escravista brasileiro mas, apesar da "diferente moldura", continua com os grandes esquemas explicativos e atenua a violência sexual que existiu nas senzalas brasileiras.


C.
Freyre dá protagonismo ao homem negro e o absolve do olhar preconceituoso de que a violência sexual que ocorria no sistema patriarcal brasileiro era iniciada pelo homem branco. Seu tom é pessimista, já que o trato dado aos ex-escravizados e seus descentes não mudou muito.


D.
Freyre pertenceu a uma tradição que questionava a história tradicional produzida até então, mas não fugia da interpretação racista que vigorava na época. Para ele, apesar de o negro não ser o foco da problemática sexual, sua própria natureza atestava ao contrário do argumento.


E.
Freyre e Caio Prado Júnior construíram argumentos que, além de refutarem a historiografia tradicional que inferiorizava os africanos do período colonial, propõem mudanças práticas para a compensação material aos negros dos danos causados pela escravidão.

Respostas

respondido por: Julianasp84
2

Resposta:

A.

Apesar de a escravidão ser um assunto muito discutido desde o século XIX, cada época retoma a discussão e imprime uma interpretação própria. Freyre aborda a violência sexual que ocorria dentro do sistema patriarcal, mas imputa a problemática ao homem branco.

Explicação

A historiografia política observou as mudanças incontestáveis na história da escravidão. Até a década de 1930, boa parte dos escritos estava imbuída em teorias eugenistas. Slenes aponta Freyre como um dos que rompem com essa perspectiva, mas o critica por relativizar a violência no geral.

O tom da obra de Freyre é otimista, pois enxerga a possibilidade de mudança na posição social do negro, diferentemente de Caio Prado Júnior, que afirma que o sistema escravista deixou cicatrizes profundas e abertas na sociedade brasileira.

respondido por: rosangomes
1

Resposta:

A.

Apesar de a escravidão ser um assunto muito discutido desde o século XIX, cada época retoma a discussão e imprime uma interpretação própria. Freyre aborda a violência sexual que ocorria dentro do sistema patriarcal, mas imputa a problemática ao homem branco

Explicação:

A historiografia política observou as mudanças incontestáveis na história da escravidão. Até a década de 1930, boa parte dos escritos estava imbuída em teorias eugenistas. Slenes aponta Freyre como um dos que rompem com essa perspectiva, mas o critica por relativizar a violência no geral.

O tom da obra de Freyre é otimista, pois enxerga a possibilidade de mudança na posição social do negro, diferentemente de Caio Prado Júnior, que afirma que o sistema escravista deixou cicatrizes profundas e abertas na sociedade brasileira.

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