As pessoas não surdas adquirem a sua língua de forma natural. No caso do Brasil, é a Língua Portuguesa, e essas pessoas vão para a escola aprender diversos saberes e conhecimentos ministrados em sua língua materna / natural (L1) Português. Mas, se tratando de pessoas surdas, isso geralmente não acontece, apesar de elas também terem esse mesmo direito, que é adquirir a sua língua natural (Libras) desde os primeiros meses até o fim do estágio de aquisição e desenvolvimento da linguagem, assim como ter seu ensino escolar ministrado na sua língua materna (L1) Libras. Nesse contexto, as discussões entre a proposta de educação inclusiva para alunos surdos na escola regular e a manutenção e ampliação das escolas bilíngues para surdos ainda continua mobilizando as comunidades surdas e pesquisadores da área. Ou seja, muitos ainda defendem a manutenção das escolas bilíngues para surdos por entenderem que a escola regular ainda não está preparada para receber esses sujeitos. Uma matéria publicada no G1 fala sobre o evento 3ª Semana de Letras e Libras realizado no ACRE, que aborda a proposta de inserir a Libras como disciplina no ensino regular. A comunidade surda e seus representantes estão apenas começando a se movimentar sobre essa possibilidade de inclusão da Libras como disciplina no ensino regular, mas é algo que pode muito em breve ganhar força e realmente ser aprovado pelo governo. O que você acha sobre essa proposta?
Respostas
Resposta:
Acredito que incluir a Libras como disciplina obrigatória iria criar um grande debate com outros grupos e minorias, por exemplo, os profissionais formados em Espanhol, que recentemente tiveram a disciplina tirada dos conteúdos obrigatórios do ensino médio. Caso seja ofertado como disciplina opcional, vejo que teria maior aceitação por parte dos grupos de profissionais escolares, que estão sendo afetados pela reforma do ensino médio. Contudo, outros tipos de deficiências poderiam solicitar a mesma coisa ou algo parecido, por exemplo, a exigência do ensino ou oferta como disciplina opcional do Braile (que é a forma de escrita e leitura de pessoas com deficiência visual/cegas).
Olhando do ponto de vista da comunidade surda, isso seria muito bom, visto que possibilitaria futuramente uma ampliação de pessoas sabendo minimamente Língua de Sinais, o que poderia auxiliar o sujeito surdo em todas as esferas sociais quando este necessitasse se comunicar, por exemplo, ao ser atendido no banco, no hospital, no comércio, etc. Realmente, é complicado me posicionar sobre esse tipo de assunto, sabendo que existem diferentes grupos afetados e com visões totalmente distintas quanto a direitos negados e a direitos a serem atendidos pelo governo.
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Acredito que incluir a Libras como disciplina obrigatória iria criar um grande debate com outros grupos e minorias, por exemplo, os profissionais formados em Espanhol, que recentemente tiveram a disciplina tirada dos conteúdos obrigatórios do ensino médio. Caso seja ofertado como disciplina opcional, vejo que teria maior aceitação por parte dos grupos de profissionais escolares, que estão sendo afetados pela reforma do ensino médio. Contudo, outros tipos de deficiências poderiam solicitar a mesma coisa ou algo parecido, por exemplo, a exigência do ensino ou oferta como disciplina opcional do Braile (que é a forma de escrita e leitura de pessoas com deficiência visual/cegas).
Olhando do ponto de vista da comunidade surda, isso seria muito bom, visto que possibilitaria futuramente uma ampliação de pessoas sabendo minimamente Língua de Sinais, o que poderia auxiliar o sujeito surdo em todas as esferas sociais quando este necessitasse se comunicar, por exemplo, ao ser atendido no banco, no hospital, no comércio, etc. Realmente, é complicado me posicionar sobre esse tipo de assunto, sabendo que existem diferentes grupos afetados e com visões totalmente distintas quanto a direitos negados e a direitos a serem atendidos pelo governo.