• Matéria: Artes
  • Autor: isadoracgarmy
  • Perguntado 3 anos atrás

mapa mental sobre a historia da arte (resumo sobre a história da arte) ​

Respostas

respondido por: sebastiaoxiri99
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Resposta:

Em 1922, quando a Independência do país completava cem anos, o Brasil passava por diversas modificações sociais, políticas e econômicas (advento da industrialização, fim da Primeira Guerra Mundial).

Surge então a necessidade de recorrer a uma nova estética, e daí nasce a "Semana de Arte Moderna".

Ela esteve composta por artistas, escritores, músicos e pintores que buscavam inovações. O intuito era criar uma maneira de romper com os parâmetros que vigoravam nas artes em geral.

A maioria dos artistas era descendente das oligarquias cafeeiras de São Paulo, que junto aos fazendeiros de Minas, formavam uma política que ficou conhecida como “Café com Leite”.

Esse fator foi determinante para a realização do evento, uma vez que foi respaldado pelo governo de Washington Luís, na época governador do Estado de São Paulo.

Além disso, a maioria dos artistas - que tinha possibilidades financeiras para viajar e estudar na Europa - trouxe para o país diversas tendências artísticas. Assim foi se formando o movimento modernista no Brasil.

Com isso, São Paulo demonstrava (em confronto com o Rio de Janeiro) novos horizontes e uma figura de protagonismo na cena cultural brasileira.

Para Di Cavalcante, a semana de arte:

Seria uma semana de escândalos literários e artísticos, de meter os estribos na barriga da burguesiazinha paulista.

Foi assim que durante três dias (13, 15 e 17 de fevereiro) essa manifestação artística, política e cultural reuniu jovens artistas irreverentes e contestadores.

O evento foi inaugurado pela palestra do escritor Graça Aranha: “A emoção estética da Arte Moderna”; seguido de apresentações musicais e exposições artísticas. O evento estava cheio e foi uma noite relativamente tranquila.

No segundo dia, houve apresentação musical, palestra do escritor e artista plástico Menotti del Picchia, e a leitura do poema “Os Sapos” de Manuel Bandeira.

Ronald de Carvalho fez a leitura, pois Bandeira encontrava-se em uma crise de tuberculose. Nesse poema, a crítica à poesia parnasiana era severa, o que causou indignação do público, muitas vaias, sons de latidos e relinchos.

Por fim, no terceiro dia, o teatro estava mais vazio. Houve uma apresentação musical com mistura de instrumentos, exibida pelo carioca Villa Lobos.

Nesse dia, o músico subiu ao palco vestindo casaca e calçando em um pé sapato e no outro um chinelo. O público vaiou pensando que se tratasse de uma atitude afrontosa, mas depois foi explicado que o artista estava com um calo no pé.

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