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Resposta:
(resumo)
A Revolta do Bailundo (1902-1904), conflito entre grupos heterogêneos de nativos do Planalto Central da região da atual Angola, elites comerciais europeias e crioulas e o governo colonial português, alargou as possibilidades para que as campanhas militares de pacificação ocorressem na região.
(Introdução)
Em 1902, a vitória portuguesa na Revolta do Bailundo marcou um período da
colonização angolana entendido pelo discurso português “a era de pacificação”1, que se
desdobraria, supostamente, em um abrandamento nos conflitos no Planalto Central de Angola,
mais precisamente nas regiões em que se estendiam os territórios do Bié, Huambo, e Bailundo2.
Embora oficialmente a revolta tenha sido sufocada no mesmo ano, focos de resistência se
alastraram durante ao menos os dois anos seguintes. Nessas circunstâncias, foram mobilizados
cerca de dez mil combatentes nativos contra as tropas de europeus, bôeres e africanos aliados.
Esse conflito se desenvolve em um momento no qual eclodem uma série de
ações e movimentos de resistência africana em resposta às campanhas portuguesas de
“pacificação”. Episódios de grandes proporções que eclodiram nesse contexto também
ocorreram um pouco mais tarde no Congo (1913-1914), Cuanhama (1914 – 1915), Dembos
(1917–1919), Amboim e Selles (1917-1918). Se observado à primeira vista, o quadro
pode sugerir uma simples disputa entre portugueses e africanos, que estourou a partir
de um desentendimento entre um conselheiro do reino de Bailundo e um comerciante
português por conta de um débito de rum. Porém, se olharmos com mais atenção às
fontes, observaremos que os antecedentes e as implicações desse processo têm raízes
e desdobramentos muito mais complexos, que se relacionam com processos de ruptura
no modo de vida e organização tradicional dos povos do Bailundo e de seus vizinhos.
Explicação:
espero ter ajudado de algumas forma bons estudos
A Revolta do Bailundo (1902-1904), conflito
entre grupos heterogêneos de nativos do
Planalto Central da região da atual Angola,
elites comerciais europeias e crioulas e
o governo colonial português, alargou as
possibilidades para que as campanhas
militares de pacificação ocorressem na
região. Através da análise de relatórios
de administradores coloniais, relatos de
missionários cristãos, de boletins oficiais
da Colônia e fontes de imprensa, este
trabalho pretende investigar como os
desdobramentos do conflito possibilitariam
o efetivo avanço colonizador português no
Planalto Central angolano.