Uma criança de 6 anos chega acompanhada da avó para atendimento médico, relatando boca seca e sede, poliúria, cansaço, visão turva, confusão mental, dor abdominal e vômito. A avó explica que a neta tem um diagnóstico anterior de diabetes e que está passando as férias em sua casa, pois sua mãe está viajando.
Os familiares já possuem o hábito de usar o glicosímetro após as refeições da neta para avaliar se a glicemia apresenta-se alta ou não. A avó também relata ter diabetes e fazer uso de clorpropamida, explicando que como a menina estava ingerindo muita quantidade de doces ela resolveu dar o seu medicamento para a criança.
A criança fez uso do fármaco por 5 dias seguidos, porém, ao avaliar os exames sua glicemia estava muito acima do valor normal (420mg/dL) e apresentava corpos cetônicos na urina. O médico diagnosticou um quadro de cetoacidose diabética, indicando a suspensão de clorpropamida e uso de insulina como tratamento.
Considerando o caso clínico e o conteúdo abordado sobre o metabolismo de carboidratos, responda as perguntas a seguir.
1. Qual o provável tipo de diabetes que a criança possui? Explique o mecanismo bioquímico envolvido nesse caso.
2. Por que o medicamento administrado não melhorou o quadro da criança?
3. Qual o mecanismo bioquímico envolvido no quadro de cetoacidose diabética? Associe aos sintomas apresentados.
Respostas
Resposta:
1. Qual o provável tipo de diabetes que a criança possui? Explique o mecanismo bioquímico envolvido nesse caso.
R: Diabetes tipo 1, caracteriza-se por uma deficiência de insulina profunda, a qual pode ser absoluta e relativa. Associadamente há o aumento de hormônios contrarreguladores como glucagon, cortisol e catecolaminas. Os níveis de açúcar (glicose) no sangue do paciente diabético encontram-se muito altos e estão acompanhados do aumento da quantidade de cetonas no sangue também. também pode acontecer em pacientes com diabetes tipo 2.
2. Por que o medicamento administrado não melhorou o quadro da criança?
R: Clorpropamida comprimidos está indicado para uso em associação com dieta e exercícios para melhorar o controle da glicemia em adultos com diabetes tipo 2, e a segurança e eficácia do medicamento para uso em crianças não foi estabelecida. No caso da menina caracterizou-se o diabetes tipo 1 que envolve o uso de insulina e de medicamentos que ajudam a controlar os níveis de glicose, uma vez que sua taxa estava em 420mg/dL.
3. Qual o mecanismo bioquímico envolvido no quadro de cetoacidose diabética? Associe aos sintomas apresentados.
R: Associadamente há o aumento de hormônios contrarreguladores como glucagon, cortisol e catecolaminas. Nesse contexto, há um desarranjo metabólico no qual os tecidos sensíveis à insulina passam a metabolizar gorduras em vez de carboidratos, e uma vez que a insulina é um hormônio anabólico, processos catabólicos como a proteólise, glicogenólise e a lipólise são estimulados. São sintomas: hiperglicemia, pele e boca seca, muita sede, fadiga elevada, alta respiração, dor no abdômen, vômito e náusea, hálito com cheiro de acetona e confusão mental.
Explicação:
1) O tipo de diabetes que a criança possui provavelmente seja diabetes mellitus tipo 1, pois a cetoacidose diabética é comum neste caso.
Durante a cetoacidose, há um distúrbio no metabolismo em que os tecidos responsáveis pela sensibilidade à insulina passam a metabolizar as gorduras ao invés de metabolizar os carboidratos como seria o normal.
Como a insulina é um hormônio anabólico, os processos que são catabólicos como a proteólise, glicogenólise e a lipólise são estimulados.
2) O medicamento não melhorou o quadro porque além de ela já estar com um quadro de cetoacidose e estar ingerindo grande quantidade de doces, ela foi medicada pela sua avó que provavelmente não possui o mesmo quadro de diabetes que ela.
- A avó utilizou clorpropamida que não deve ser administrado em pacientes que possuem cetoacidose diabética pois pode implicar em uma maior complicação do quadro diabético, causando perda de consciência se o organismo não tiver insulina suficiente.
3) O quadro da cetoacidose quando relacionada com o diabetes é caracterizado por hiperglicemia, hipercetonemia e acidose do metabolismo, que são sintomas responsáveis pela boca seca e sede, poliúria, cansaço, visão turva, confusão mental, dor no abdômen e náuseas que a paciente teve.
Sobre diabetes mellitus tipo 1
Geralmente é relacionada com fatores genéticos e autoimunes, em que acontece o ataque das células do próprio corpo às células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina.
Ou seja, não há produção de insulina que seja eficaz para fazer com que a glicose entre nas células, ocorrendo a permanência da glicose na corrente sanguínea.
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