Um terreirinho descalvado rodeia a casa. O mato o beira. Nem árvores frutíferas, nem horta, nem flores – nada revelador de permanência.
Há mil razões para isso; porque não é sua a terra; porque se o “tocarem” não ficará nada que a outrem aproveite; porque para frutas há o mato; porque a “criação” come; porque…
– “Mas, criatura, com um vedozinho por ali… A madeira está à mão, o cipó é tanto…”
Jeca, interpelado, olha para o morro coberto de moirões, olha para o terreiro nu, coça a cabeça e cuspilha.
– “Não paga a pena”.
Todo o inconsciente filosofar do caboclo grulha nessa palavra atravessada de fatalismo e modorra. Nada paga a pena. Nem culturas, nem comodidades. De qualquer jeito se vive.
LOBATO, Monteiro. Urupês. In: Urupês, 1918. Disponível em: Acesso em: 24 maio. 2020.
A produção adulta de Monteiro Lobato tem como principal marco a publicação da coletânea de contos intitulada “Urupês”, a qual nos apresenta um dos personagens mais famosos da literatura brasileira: Jeca Tatu. Sobre isso, assinale a opção correta.
Anônimo:
Tem interesse? me chame aqui ( TRINTA E QUATRO ) NOVE OITO OITO ZERO NOVE - NOVE DOIS ZERO TRES.
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Alternativa 4:
Monteiro Lobato constrói Jeca Tatu enquanto estereótipo do caboclo brasileiro enquanto um sujeito subdesenvolvido, preguiçoso e desprovido de inteligência.
Explicação:
Através da fala do personagem Monteiro transmite a ideia do caboclo preguiçoso, desprovido de inteligência.
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