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Natascha Kampusch era apenas uma criança de dez anos de idade, e assim como qualquer outra desejava um pouco de liberdade, um dia enquanto estava a caminho da escola sua vida mudou da água para o vinho, ela foi sequestrada.
Wolfgang Priklopil, um engenheiro de telecomunicações, manteve Natascha como prisioneira em um pequeno cativeiro construído no porão de sua casa. O quartinho, com cerca de 5m², foi o lar dela por cerca de oito anos até que – finalmente – alcançou sua tão sonhada liberdade.
“Ele me olhava como um dono observa orgulhosamente seu novo gato, ou pior: como uma criança olha para um brinquedo novo, antecipando e, ao mesmo tempo, incerta sobre tudo o que pode fazer com ele.”
O caso foi amplamente divulgado pela mídia, além disso, também ficou marcado como um dos mais dramáticos da história criminal da Áustria. Natascha Kampusch tornou-se uma celebridade nacional e internacional, sua história rendeu documentários, um filme, diversas entrevistas e um posterior talk-show, além de sua autobiografia (3096 Dias) que foi publicada no Brasil em 2011 pela Editora Verus.
Em 3096 Dias, Natascha relata, desde sua tenra infância, seu relacionamento com os pais, familiares e colegas de escola, sua vida no bairro em que morava, seu relacionamento com a avó, seus desejos e inseguranças, neste início o tom da narrativa é um tanto quanto nostálgico e a autora exprime todo seu carinho por cada uma dessas lembranças e o quanto elas a marcaram.
Após o sequestro, o tom da narrativa torna-se mais profundo e melancólico, Natascha passa a relatar todos os horrores e privações que vivenciou durante seu período de cativeiro, analisando cada uma de suas atitudes e também de seu algoz, além de contar o que a ajudou a manter a sanidade mesmo quando estava a ponto de enlouquecer.
“Eu era tão dependente dele quanto os bebês são de seus pais – cada gesto de afeição, cada porção de alimento, a luz, o ar, minha sobrevivência física e mental, tudo dependida do homem que me trancara em um cativeiro no porão.”
Esta é uma leitura intensa e impactante, em diversos pontos chega a dar um nó na garganta, entretanto, a força de Natascha e o seu desejo pela liberdade (mesmo ela, por vezes, parecer um sonho inalcançável) nos motivam a ir até o fim. Confesso que ao finalizar a leitura fiquei alguns dias sem conseguir tocar em outro livro, mas creio que os bons livros tenham justamente esse efeito sobre nós!
“O rádio foi meu companheiro mais importante nesses anos. Ele me dava a certeza de que, além do martírio do porão, havia um mundo que continuava a girar – um mundo ao qual valia a pena voltar um dia.”
Explicação:
se não for isso me desculpa