É importante perceber que podemos errar, podemos ser enganados. James Randi é famoso por fazer mágicas e por desmascarar pessoas que se dizem com poderes sobrenaturais. Em uma palestra (disponível em "saiba mais"), em um determinado momento, ele disse: "Vocês devem pensar que estou falando com vocês via microfone, mas não, isso é um barbeador. Vocês devem pensar que estou enxergando vocês, mas não, esses óculos não têm lentes. Mas vocês se perguntam: por que um velho vem aqui fazer esse tipo de coisa? Ora senhores, para enganá-los. " [Tradução livre] Exatamente isso: a má utilização da lógica pode ser boa para os enganadores e ruim para quem vai usá-la. Por isso, trago duas perguntas simples, mas, se você entender o porquê de eu perguntá-las e a sua resposta, você entenderá um ponto importante da lógica, que é justamente a falha dela. Em uma corrida automobilística, você está em 5º lugar, passa o 3º e passa o 2º. Qual é a sua posição no final? Qual foi o carro que você passou por último?
Respostas
Resposta:
Padrão de resposta esperado
Aqui há uma indução para o erro:
Você passa o 5º, você fica em 5º. Quando você passa o 3º, você fica em 3º. Assim, quando passa o 2º, você fica em 2º. Porém, o problema, na maneira como foi construído, tenta induzir você a dizer que, ao passar o 2º, você fica em 1º, o que está errado.
Agora: o carro que você passou por último foi o 2º ou o 3º? Pois bem, foi o 3º.
Entenda: nós estamos identificando os carros pela posição final deles e supondo que não houve ultrapassagens além das mencionadas. Assim, o carro que você passou por último é o 3º, porém essa é uma pergunta capciosa.
Repare que a resposta depende unicamente da forma como classificamos os carros, pois poderíamos classificar o carro pela posição anterior a você ultrapassá-lo e, assim, ele seria o 2º. Enfim, todos esses pontos são problemas que podem atrapalhar o raciocínio lógico.
Explicação: