Respostas
Resposta:
O termo hipertensão arterial sistêmica (HAS) resistente é usado desde o início da década de 60 para identificar pacientes com dificuldade para tratar hipertensão. Atualmente o termo tem sido utilizado para definir a falência do controle pressórico apesar do uso de ≥ 3 agentes anti-hipertensivos de diferentes classes, incluindo um diurético. Em 2008, a AHA estendeu a definição a pacientes cuja PA não está controlada com 3 medicações, mas controlada com ≥ 4 drogas, definido assim como sendo HAS resistente controlada. Frequentemente, o termo hipertensão refratária tem sido usado de forma semelhante à HAS resistente referindo-se a pacientes com dificuldade para tratar a hipertensão. Alguns centros utilizam o termo aparente HAS resistente baseado no número de medicações sem levar em consideração causas comuns de pseudoresistência como medida inadequada da PA, HAS do jaleco branco e má aderência.
Explicação:
A prevalência da HAS resistente é, aproximadamente, 10 a 20% de todos os pacientes portadores de HAS, sendo ainda mais elevada em paciente de origem africana, em portadores de sobrepeso ou obesidade, idosos e portadores de doença renal crônica, apresentando pior prognóstico em relação aos hipertensos.
A HAS refratária tem prevalência de aproximadamente, 3% dos pacientes com HAS resistente e 0,5% de todos os hipertensos. Alguns estudos evidenciaram maior HAS do jaleco branco assim como maiores níveis de PA ambulatorial quando comparados a HAS resistente, porém, a prevalência de pseudoresistência nessa população ainda não foi totalmente avaliada. Quando comparado aos portadores de HAS resistente, são mais jovens e mulheres. Nenhum estudo avaliou o prognóstico em HAS refratária, porém estima-se que apresente risco cardiovascular mais elevado.