URGENTE, PFVRR!!!
Em 1851 , durante o Women's Rights Convention , um evento voltado para a discussão sobre direitos das mulheres em Ohio , Estados Unidos , Sojourner Truth , uma muher negra , abolicionista e ex - escrava, proferiu um dos discursos mais importante da história sobre a situação da mulher negra. Na ocasião do discurso, Sojourner já era famosa e tinha 54 anos. A versão mais conhecida do seu discurso foi recolhida pela abolicionista e feminista Francês Gage e publicada em 1863. É essa a versão que foi produzida aqui:
EU NÃO SOU UMA MULHER?
"Muito bem crianças, onde há muita algazarra alguma coisa está fora da ordem. Eu acho que com essa mistura de negros (negroes) do Sul e mulheres do Norte, todo mundo falando sobre direitos, o homem branco vai entrar na linha rapidinho.
Aqueles homens ali dizem que as mulheres precisam de ajuda para subir em carruagens, e devem ser carregadas para atravessar valas, e que merecem o melhor lugar onde quer que estejam. Ninguém jamais me ajudou a subir em carruagens, ou a saltar sobre poças de lama, e nunca me ofereceram melhor lugar algum! E não sou uma mulher? Olhem para mim? Olhem para meus braços! Eu arei e plantei, e juntei a colheita nos celeiros, e homem algum poderia estar à minha frente. E não sou uma mulher? Eu poderia trabalhar tanto e comer tanto quanto qualquer homem – desde que eu tivesse oportunidade para isso – e suportar o açoite também! E não sou uma mulher? Eu pari 3 treze filhos e vi a maioria deles ser vendida para a escravidão, e quando eu clamei com a minha dor de mãe, ninguém a não ser Jesus me ouviu! E não sou uma mulher?
Daí eles falam dessa coisa na cabeça; como eles chamam isso… [alguém da audiência sussurra, “intelecto”). É isso querido. O que é que isso tem a ver com os direitos das mulheres e dos negros? Se o meu copo não tem mais que um quarto, e o seu está cheio, porque você me impediria de completar a minha medida?
Daí aquele homenzinho de preto ali disse que a mulher não pode ter os mesmos direitos que o homem porque Cristo não era mulher! De onde o seu Cristo veio? De onde o seu Cristo veio? De Deus e de uma mulher! O homem não teve nada a ver com isso.
Se a primeira mulher que Deus fez foi forte o bastante para virar o mundo de cabeça para baixo por sua própria conta, todas estas mulheres juntas aqui devem ser capazes de conserta-lo, colocando-o do jeito certo novamente. E agora que elas estão exigindo fazer isso, é melhor que os homens as deixem fazer o que elas querem.
Agradecida a vocês por me escutarem, e agora a velha Sojourner não tem mais nada a dizer"
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atividades:
1. qual é a principal reivindicação de Sojourner em seu discurso?
2. Quais foram os argumentos utilizados por ela para justificar seu posicionamento?
3. de que forma a religião contribui para a conformação das desigualdades raciais e entre os gêneros?
4. Com base na análise do discurso de Sojourner, identifique como a ativista estabeleceu relação entre os conceitos de raça e gênero.
5. O que mudou para as mulheres negras desde que Sojourner proferiu seu discurso? como as questões raciais e de gênero são tratadas nas sociedades ocidentais?quais foram as principais conquistas alcançadas? quais os principais desafios das mulheres negras no Brasil hoje?
6.redija uma carta endereçada à Sojourner, contando a ela sobre a situação da mulher negra no Brasil hoje. Enfatize as mudanças, os avanços, os dilemas e os problemas enfrentados por elas e destaque o papel das lutas e mobilizações populares nesse processo.
SOCORRO!!
Respostas
Resposta:
1- Fim da segregação racial e reivindicação de direitos da mulher negra na sociedade estadunidense
2- Argumentos teológicos, como em "Cristo não era mulher", e comparação, como em "Olhem para mim? Olhem para meus braços!"
3- A religião preza pela igualdade máxima entre os cidadãos, argumentando que são todos "filhos de Deus" e portanto são iguais em direito.
4- Sojourner usou as próprias experiências para exemplificar que as injúrias sofridas vinham tanto do preconceito racial quanto de gênero.
5- Desde a época do discurso a segregação racial legislada foi abolida, mesmo que na prática ainda exista racismo no país. Atualmente, as questões de gênero e de raça são tratadas com muito mais importância do que em 1850. As principais conquistas foram a desunião de locais separados para uso de pessoas de determinadas raças (como banheiros exclusivos de brancos), participação política de mulheres (negras ou não). Os principais desafios da mulher negra brasileira segue sendo o racismo, agora um pouco mais protegida com a ajuda do ativismo que protege essas cidadãs na lei.
6- Querida Sojouner, seus olhos encheriam dágua de vissem o cenário brasileiro atual. Mulheres como você são assassinadas quase rotineiramente no país, e ainda são minoria política no Brasil. Porém, por mais tardio que seja o progresso, agora nossa população negra tem acesso a educação pública e já faz parte de uma parcela nas faculdades do país. Somos amparados pela legislação em casos de racismo e fazemos uso de cotas raciais para reivindicar o que é nosso. Liberdade, ainda que tardia, Sojourner.
Explicação:
coloca uma pergunta por vez no site, duvido que alguém teria a alma boa de responder isso, fiz pq sabia q vc ia esperar por horas a fio