Respostas
Justificavam-se remontando textos bíblicos, e se sentiam cumprindo um dever moral, social e religioso, pois livravam os negros africanos da sua maldição e castigo por um pecado cometido por seus antepassados, relatos estes descritos na Bíblia e utilizados conforme era conveniente para Igreja Católica e para justificar tais a atrocidades cometidas. Existem algumas teorias da maldição dada por Deus para que os negros pudessem ser escravizados, já que lançou Noé sobre seu filho Cam, uma praga ao qual maldisse, que sua geração futura fosse sujeita a todas as outras gerações do mundo, como servos e escravos, seriam então os africanos essa geração maldita, e deveriam servir para sempre como tal, mais a frente adentraremos nessa maldição com mais detalhes.
Resposta:
A participação da Igreja Católica no processo de implantação e manutenção da escravidão negra africana no Brasil, a partir do século XVI, se deu de diversas formas e, isto foi possibilitado pela instituição de uma união entre o Estado português e a Igreja, chamado de “padroado real”. Esta união, na verdade, subordinava a Igreja ao Estado português em troca da exclusividade da ação evangelizadora nas terras descobertas, visando aumentar o seu número de seguidores. Por outro lado, a Igreja e a religiosidade foram utilizadas na justificação do sistema colonial, de cunho mercantilista, voltado para a geração de riquezas para Portugal. A escravidão negra se tornou um dos pilares na estruturação da sociedade e da economia colonial. Porém, este era um sistema hediondo de exploração humana para estar ligado a uma instituição que foi criada para promover a fraternidade, a justiça e a paz entre os homens. Este trabalho discute estas questões.