Respostas
Resposta:
Foucault nasceu em Poitiers, França, em 15 de outubro de 1926. Nascido em uma família de médicos, desde cedo ele se recusou a seguir a tradição familiar. Começou muito cedo a se interessar pela Filosofia, mas não foi apenas isso que marcou sua vida. Foucault era bastante extravagante e sua história é cheia de eventos como experiências no sanatório, tentativas de suicídio, uso de drogas, dentre outras coisas.
Após a Segunda Guerra Mundial estudou na École Normale Supérieure, onde cursou Filosofia e, após passar um período em Uppsala (Suécia) e na Polônia e na Alemanha, retornou à França, em 1960.
Aos 28 anos publicou o livro “Doença Mental e Personalidade”, que foi o seu primeiro. Em 1961, escreveu “História da loucura na Idade Média”, obra que deu a ele o título de Doutor e foi uma forte crítica ao desprezo que as pessoas tinham pelos doentes mentais naquela época. Depois de obter seu doutorado, envolveu-se no ativismo político após as greves estudantis em 1968, em Paris.
Filosofia de Foucault
De corrente filosófica Pós-Modernismo, Michel Foucault tratou de temas polêmicos para a época, como sexualidade, loucura, poder, disciplina e punição. Segundo o Filósofo, o conceito de loucura mudou através do tempo.
Ele acreditava que a loucura não é apenas uma doença ou natureza do indivíduo, mas um fato de cultura. Sua crítica à psiquiatria e psicanálise tradicionais ficou bem conhecida, pois ele acreditava que ambas eram instrumento de controle e dominação psicológica.
Foucault não só refletiu sobre a loucura, mas principalmente sobre poder e disciplina. Na obra Vigiar e Punir: História da Violência nas Prisões, o filósofo traz toda a tecnologia do poder
Segundo ele, nas prisões o poder não é exercido pela lei e sim por normas, que se refletem em gestos, condutas e no próprio homem moderno. Ainda segundo Foucault, mesmo que a prisão fosse exercida por meio legais era uma forma de domínio da burguesia ao proletariado.
O pensamento de Foucault também se concentrou no modo como nosso discurso — nosso modo de falar e pensar as coisas — é formado por um conjunto de regras, em sua maioria inconscientes, que são ditadas pelas condições históricas em que nos encontramos.
Desse modo, o que se entende como “senso comum” é na verdade o modo como pensamos baseado nessas regras e condições. Sendo assim, elas mudam ao longo do tempo e por isso não podem ser usadas no presente acreditando-se que são eternos.
Com base nisso, Foucault disse que o homem não é apenas uma invenção recente, mas pode estar com seus dias contados e se apagar como um rosto desenhado na areia da praia.
Suas principais obras são:
História da loucura (1961);
O nascimento da clínica (1963);
As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas; e
Vigiar e punir.