• Matéria: Geografia
  • Autor: raiomatospinh6040
  • Perguntado 3 anos atrás

Meus olhos são verdes enquanto sonho Saudade é um punhado de areia nos olhos. Penso no passado enquanto a pressa entra pelos vãos do vidro do carro. Perto de casa existe um campinho de futebol, observei de soslaio, dias atrás, naquele breve momento que a febre da pressa me abandonou. E vi um menino correndo num campo de terra atrás de uma bola velha. Areia nos olhos. Ah, minha mãe, me conte histórias, de quem era aquela carroça atravessando a Avenida Contorno, o caminho cheirando estrume de cavalo, me levando de passageiro? Hoje apenas sonho com aquelas manhãs fagueiras, reencontro o mesmo céu bordado de estrelas e nele voam as asas ligeiras das borboletas azuis que versou o poeta Casimiro de Abreu. Eu não deveria sentir saudades daqueles tempos rudes, mas sinto. E sonho às vezes. Meus filhos eram pequenos quando acelerei a vontade de vê-los crescidos. Agora que cresceram, não tenho como fazer o tempo voltar e sinto saudades de quando suas mãos pequenas abraçavam o meu rosto. As folhas das árvores caíram e os outonos se foram, apressados como eu. Uso um relógio de pulso dos ponteiros grandes parados, mas os segundos atropelam os pensamentos. Meus olhos mudavam de cor quando eu era menino; pela manhã eram castanhos, quando o sol se punha se transformavam num quase verde e assim prosseguiam durante o sonho. Ninguém me disse isso, ninguém percebeu, mas eu imaginava assim. [. ] Meus pés prosseguem ligeiros, embora as portas que hoje atravesso não façam tanto ruídos e o verde já não invada meus olhos nos fins de noite. [. ] Vá embora Dona pressa, que meus olhos já não são verdes quando o dia termina e um deles já se zangou com o tempo. Ah minha mãe, me conte histórias, daquelas de quando as fontes brotavam na terra, antes que tudo se transforme em areia e essa mesma areia, um punhado dela, se esparrame em nossos olhos no tempo que nos resta, se transformando em rios de saudades. [. ] Nesse texto, no trecho ". Enquanto a pressa entra pelos vãos do vidro


fielguga: temporalidade

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respondido por: fielguga
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