Respostas
O texto mostra que o enfraquecimento do mito da democracia racial no futebol é resultado da atitude contestadora de um "jogador-problema". Por esse motivo, o gabarito é dado pela letra E.
O questionamento de Paulo César Lima
Com base na leitura do texto, a gente pode notar que Paulo César Lima sempre se posicionou contra os casos de racismo no mundo do futebol. Naturalmente, ele falava em nome de muitos que passaram por situações desumanas.
Nessa dimensão da realidade, podemos verificar que não existe uma democracia racial no Brasil.
Aprenda mais sobre o tema compreensão de textos em:
https://brainly.com.br/tarefa/24732690
#SPJ1
Resposta:
(E) atitude contestadora de um “jogador-problema”
Explicação:
Segue texto para interpletação correta da questão acima
A história do futebol brasileiro contém, ao longo de um século, registros de episódios racistas.
Eis o paradoxo: se, de um lado, a atividade futebolística era depreciada aos olhos da “boa sociedade” como profssão destinada aos pobres, negros e marginais, de outro, achava-se investida do poder de representar e projetar a nação em escala mundial.
A Copa do Mundo no Brasil, em 1950, viria a se constituir, nesse sentido, em uma rara oportunidade. Contudo, na decisão contra o Uruguai sobreveio o inesperado revés.
As crônicas esportivas elegiam o goleiro Barbosa e o defensor Bigode como bodes expiatórios, “descarregando nas costas” dos jogadores os “prejuízos” da derrota.
Uma chibata moral, eis a sentença proferida no tribunal dos brancos. Nos anos 1970, por não atender às expectativas normativas suscitadas pelo estereótipo do “bom negro”, Paulo César Lima foi classifcado
como “jogador-problema”.
Ele esboçava a revolta da chibata no futebol brasileiro. Enquanto Barbosa e Bigode, sem alternativa, suportaram o linchamento moral na derrota de 1950, Paulo César contra-atacava os que pretendiam condená-lo pelo insucesso de 1974.
O jogador assumia as cores e as causas defendidas pela esquadra dos pretos em todas as esferas da vida social. “Sinto na pele esse racismo subjacente”, revelou à imprensa francesa:
“Isto é, ninguém ousa pronunciar a palavra ‘racismo”.
Mas posso garantir que ele existe, mesmo na Seleção Brasileira”.
Sua ousadia consistiu em pronunciar a palavra interdita no espaço simbólico do discurso ofcial para reafrmar o mito da democracia racial.
Disponível em observatorioracialfutebol com br
Acesso em 22 jun 2019 adaptado.
O texto atribui o enfraquecimento do mito da democracia racial no futebol à
(A) responsabilização de jogadores negros pela derrota na fnal da Copa de 1950.
(B) projeção mundial da nação por um esporte antes destinado aos pobres.
(C) depreciação de um esporte associado à marginalidade.
(D) interdição da palavra “racismo” no contexto esportivo.
(E) atitude contestadora de um “jogador-problema”
De acordo com a interpletação do texto, podemos observar que Paulo César Lima sempre em discordância dos casos de racismo no mundo do futebol. Naturalmente, ele falava em nome de muitos que passaram por situações desumanas.
Nessa proporção de realidade, podemos apontar que não existe uma democracia racial no Brasil.