RESENHA do filme O POÇO (da netflix) com o tema sustentabilidade envolvido.
Estou disposto a pagar para a boa alma que fizer.
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Localizado dentro de uma prisão vertical conhecida como O Poço, o longa é protagonizado por Goreng ( Ivan Massagué , brilhante no papel), um homem que faz por conta própria a escolha de ir para o local com o intuito de parar de fumar. Lá dentro, ele conhece o velho Trimagasi ( Zorion Eguileor), seu “companheiro de cela”. Há meses na prisão, ancião explica para o jovem como funciona o dia a dia: não há contato com a luz do sol e nem tempo para esticar as pernas e se exercita do lado de fora. A única ação que ambos têm durante todo o tempo é esperar por uma plataforma de comida que se move para baixo entre os andares todos os dias. Como Goreng e Trimagasi estão no nível 48 do Poço, eles precisam aguardar que os dois presos em cada um dos 47 níveis acima se alimentem até que os restos cheguem ao seu andar.Preparado no nível zero, o luxuoso banquete fica em todos os níveis por apenas dois minutos antes de descer para o próximo. preso pode segurar restos consigo mesmo, nenhum com o perigo de punição. Conforme o tempo passa, Trimagasi explica para o protagonista que nem sempre terão com o que se alimentar e que os presos dos andares de cima pouco se importam com quem está. O único alento, e também o maior medo de quem vive no Poço, é que a cada 30 dias as duplas trocam de lugar aleatoriamente. Quem está no nível um pode ir parar no 147, e quem está no 147 pode ir para o nível um. Essa dinâmica força com que todos os presos passam por mais diferentes situações, o que em alguns casos pode significar atingir ou limitar que um ser humano pode ao tentar manter a sanidade passando muito fome.
Mesmo em sua estreia, o diretor de longa-metragem de terror Gaztelu-Urrutia surpreende com uma narrativa que usa elementos de filme gore para dissecar a estrutura socioeconômica histórica que tem diante do capitalismo. É uma metáfora sobre os terrores desse sistema, onde cada indivíduo se debulha durante o seu tempo no topo, enquanto as massas invisíveis no fundo se comem vivas.
Durante a sua, a maior percepção possível de que ninguém é beneficiado na prisão, mas quase todos resistem obstinadamente às mudanças, sendo cada indivíduo o máximo perceptível que possa ser em situação favorável. Nem mesmo o conselho de Imoguiri ( Antonia San Juan ), uma de suas companheiras, abre os olhos do protagonista em meio ao caos. “ Só uma única disponibilidade pode trazer mudanças ”, ele escuta. Se todos se alimentam com o que apenas foi reservado para si, haveria comida para todos. Como fazer essa mensagem ser notada quando quem tem em abundância apenas quer mais, enquanto os que não têm nada vão se transformando em Mas canibais?
Mesmo que sua mensagem seja mais parecida com o que observamos Parasita e O Expresso do Amanhã , de Bong Joon Ho , de Ken Loach , Urrutia não contém na hora de chocar em cenas que deixou seu fã da franquia Jogos Mortais atualizados.
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Tipo, uma resenha com cara de redação ou algo do tipo ?