Estudo mostra que 96,3% dos adolescentes sofriam violência psicologica.destes94,5% foram expostos a violência em sua forma leve e moderada, 1,8% a forma grave e 3,7% contexto familiar é escolar
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Considerada uma das formas mais difíceis de ser detectada, a violência psicológica é também muito comum, ocorrendo em diferentes espaços, mais frequentemente em casa ou em escolas quando envolve adolescentes.
Partindo do pressuposto de que este tipo de violência pode interferir de maneira significativa na autoestima destas pessoas e prejudicar inclusive o seu desenvolvimento, estudo desenvolvido na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP investigou a ocorrência desta prática entre estudantes de uma escola pública.
Os pesquisadores buscaram informações que possam contribuir para a identificação de casos e subsidiar estratégias de prevenção e assistência a adolescentes vítimas de violência psicológica. “Violência psicológica representa a situação em que o adolescente é desqualificado, agredido verbalmente ou mesmo cobrado excessivamente. Essa situação se agrava quando o perpetrador é uma pessoa significativa para esse adolescente, como o seu pai ou a sua mãe”, diz a psicóloga Luciana Aparecida Cavalin, autora do mestrado Violência psicológica: estudo com adolescentes de uma instituição escolar pública do interior do Estado de São Paulo.
O estudo foi orientado pela professora Zeyne Alves Pires Scherer, do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da EERP. Participaram 218 estudantes, entre 14 e 18 anos de dois cursos técnicos integrados ao Ensino Médio de uma instituição pública de ensino do interior do Estado de São Paulo. Luciana e Zeyne investigaram o grau de exposição à violência deste grupo de adolescentes e a sua relação com variáveis sociodemográficas. Além disso, identificaram a ocorrência de outros tipos de violência (física, negligência e sexual), seu perpetrador e o contexto onde era praticada.
“No contexto familiar, a violência é dificilmente identificável e, no caso de adolescentes vitimizados, a maioria se encontra paralisada, submissa e com dificuldades de buscar ajuda, seja pela ameaça sofrida ou pela ausência de auxílio de instituições como a escola”, esclarece Zeyne.