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Resposta:Falar da Ciência dos Árabes é um assunto extremamente fascinante. Trata-se de uma história de paixão pelo conhecimento e pelo saber que possibilitou avanços importantes para o mundo da ciência em todos os níveis e dos quais nos beneficiamos até os dias atuais.Falaas também os grandes catalisadores das transformações científicas que se seguiram. A consciência e a herança A partir do século VIII os primeiros califas abássidas estimularam o conhecimento de textos existentes a partir de traduções. Al Mansur foi o primeiro a financiar as traduções de obras científicas dos indianos e dos filósofos gregos antigos. Seus sucessores continuaram e ampliaram esta prática, o que levou a fundação da Casa do Conhecimento, que acolhia os melhores sábios da época e tornou-se o primeiro centro científico. Entre os manuscritos traduzidos para o árabe estavam textos desaparecidos de Ptolomeu, Euclides, Galeno e tantos outros provenientes das ciências antigas. Estes sábios foram largamente estimulados por homens eminentes e de grandes posses, que tinham interesse pelo conhecimento criativo. O desenvolvimento exuberante de ideias e saberes A riqueza e a vitalidade das atividades de tradução precederam um período de busca incessante do conhecimento, de curiosidade, de prática do debate de ideias e que se tornaram características dos sábios da época. A partir do século IX e diante deste ambiente, inicia-se o período emergente da ciência dos árabes. Neste momento, os conhecimentos deixaram de ser adquiridos apenas a partir das traduções, mas passaram a ser aprimorados e novos saberes foram desenvolvidos. Entre os séculos X e XIII tem lugar o verdadeiro apogeu da ciência árabe e um desenvolvimento da ciência em larga escola e no século X é formada a Casa do Saber em Bagdá, onde é instalada também uma das maiores bibliotecas da humanidade. Ao longo de 4 séculos um ambiente de enorme estímulo intelectual prevaleceu e se ampliou e foi neste período que inúmeras descobertas ocorrem, entre as quais se destacam: 1.Matemática e Álgebra – com o desenvolvimento dos algarismos, do conceito de zero e do sistema decimal, da prática do cálculo, da álgebra, das equações trigonométricas e dlistas empenhados no tratamento de doentes, na prática e no ensino da medicina. Nestes locais também se desenvolveram as farmácias onde se reuniam os agentes terapêuticos diversos. Devidos aos avanços na pesquisa química e na busca do elixir terapêutico, os árabes tornam-se responsáveis pela descrição de grandes farmacopeias (coleção de elementos detalhadamente descritos quanto ao seu aspecto, obtenção e uso terapêutico). Os avanços na química também permitiram não só o tratamento das doenças, mas também os preparados químicos na busca do equilíbrio e do bem-estar. Grandes desenvolvimentos na área médica foram possíveis nesta época e muitas doenças foram como a varíola, a asma e a alergia foram descritas e tratadas. Grandes conhecimentos de anatomia e fisiológicos foram adquiridos, entre os quais a anatomia e fisiologia da mulher, do desenvolvimento fetal e da gravidez. Houve também o desenvolvimento de instrumentos cirúrgicos e de técnicas cirúrgicas sofisticadas para a época. Há que se salientar que antes dos árabes as cirurgias eram feitas pelos barbeiros e a partir dos árabes, estas tornaram-se práticas desenvolvidas e ensinadas em escolas médicas. Dentre os grandes sábios médicos podemos citar Ibn Sina, conhecido também como Avicenna, que elaborou um tratado de medicina chamado o “Canone da Medicina”. Uma obra monumental onde descreveu diversas patologias e seus possíveis tratamentos, tendo sido utilizada na prática e no ensino médico até o século XVIII. Dentre as doenças descritas por Avicenna podemos citar várias desordens centrais como a maivíduo como conhecimento sobre a higiene e a nutrição e principalmente sobre a descrição de processos mentais e psicológicos. Avicenna e Al-Razi defendiam a utilização de métodos psicológicos para o tratam novo despertar da humanidade e do chamado mundo civilizado. De um pólo a outro, de um século ao outro até os dias atuais, foram os conhecimentos adquiridos e desenvolvidos pelos árabes e posteriormente incorporados pelos Europeus que fizeram ampliar os conhecimentos que transcenderam épocas, fronteiras e línguas. Aos árabes devemos muito da nossa ciência atual e um lugar de destaque deve ser reservado a este conhecimento. Essa herança universal e humanista está em todo o conhecimento científico gerado pelos árabes. Esta é uma história que devemos sempre lembrar.
Explicação passo a passo: