• Matéria: Português
  • Autor: ezequielmahuda26
  • Perguntado 3 anos atrás

se precisa mudar
alavra. Verifique
0,
5º PASSO
Reescrita
roposta 2, em dupla.
ca "Pneu furado". O livro de onde
a de 1991. Pense na postura do
na crônica. Será que as atitudes
=tória mudaram com o tempo?
eus colegas.
a dupla vão escrever uma
almente a mesma situação,
vista de uma mulher nos
à que a mulher que estava
bus contaria essa história?
álogos.
O título da história.
Percebeu
que
precisa mudar algo?
É agora! Reescreva.
4º PASSO
Revisão
g
5º PASSO
Reescrita
Ante
6º PASSO
Compartilhe
o seu texto!
6º PASSO
Compartilhe
o seu texto!
a divertida crônica de Carlos Eduardo Novaes. Vamos ler!
de um texto que apresenta este título?
Neste
momento,
você vai ver o se seu
texto está claro, ou se
precisa mudar alguma
palavra. Verifique a
pontuação.
Percebeu que precisa
mudar algo? É agora!
Reescreva.
Combine
seu/sua professor(a)
como o texto pode ser
compartilhado.
Combine
com
seu/sua professor(a)
como o texto pode ser
compartilhado.
dentista. Não que meus dentes estivessem por todo esse tempo sem
mas começava a suar frio folheando velhas revistas na antessala e me
Otei o pé no gabinete do odontólogo-tem uns seis meses-, quando
te para o bolso.
rubis e esmeraldas- esclareci-, só preciso tratar o canal.
al com o do Panamá?
ou nos últimos 30 anos, mas a Odontologia permanece uma
ou uma cadeira de dentista: é tudo instrumento de tortura.
erdo já tinham se transformado em meros figurantes dentro da
e frente para mastigar maminhas e picanhas. Experiência que
o sinal da cruz, e entramos os dois no gabinete do dentista,
com
-Sente-se-disse ela, apontando para a cadeira.
- Sente-se a senhora - respondi com educada reverência -, ainda sou do tempo em que os cavalheiros ofereciam seus
lugares às damas.
Minhas pernas tremiam. Ela tornou a apontar para a cadeira.
- O senhor é o paciente!
- Eu?? A senhora não quer aproveitar? Fazer uma obturaçãozinha, limpeza de tártaro? Fique à vontade. Sou muito paciente.
Posso esperar aqui no banquinho.
O dentista surgiu com aquele ar triunfal de quem jamais teve cárie. Ah! Como adoraria vê-lo sentado na própria cadeira
extraindo um siso incluso! Mal me acomodei e ele já estava curvado sobre a cadeira, empunhando dois miseráveis ferrinhos, louco
para entrar em ação. Nem uma palavra de estímulo ou reconforto. Foi logo ordenando:
-Abra a boca.
Tentei, mas a boca não obedeceu aos meus comandos.
-Não vai doer nada!
- Todos dizem a mesma coisa - reagi. Não acredito mais em vocês!
-Abra a boca! - insistiu ele.
Abri a boca. Numa cadeira de dentista sinto-me tão frágil quanto um recruta diante do sargento do batalhão.
Ele enfiou um monte de coisas na minha boca e tocou o dente com um gancho.
- Tá doendo?
- Urgh argh hogli hugli.
Os dentistas são tipos curiosos. Enchem a boca da gente de algodão, plástico, secadores, ferros e depois desandam a fazer
perguntas. Não sou daqueles que conseguem responder apenas movendo a cabeça. Para mim, a dor tem nuances, gradações que
vão além dos limites de um sim-não.
-A anestesia vai impedir a dor - disse ele, armado com uma seringa.
- E eu vou impedir a anestesia - respondi duro segurando firme no seu pulso.
Ele fez pressão para alcançar minha pobre gengiva. Permaneci segurando seu pulso. Ele apoiou o joelho no meu baixo ventre.
Continuei resistindo, em posição defensiva. Ele subiu em cima de mim. Miserável! Gemi quase sem forças. Ele afastou a mão
que agarrava seu pulso e desceu com a seringa. Lembrei-me de Indiana Jones e, num gesto rápido, desviei a cabeça. A agulha
penetrou a poltrona. Peguei o esguichador de água e lancei-lhe um jato no rosto. Ele voltou com a seringa.
- Não pense que o senhor vai me anestesiar como anestesia qualquer um - disse, dando-lhe um tapa na mão. A seringa voou
longe e escorregou pelo assoalho. Corremos os dois pra alcançá-la, caímos no chão, embolados, esticando os braços para ver
quem pegava a seringa. Tapei-lhe o rosto com meu babador e cheguei antes. A situação se invertera: eu estava por cima.
-Agora sou eu quem dá as ordens - vociferei, rangendo os dentes. - Abra a boca!
- Mas... não há nada de errado com meus dentes.
-A mim você não engana. Todo mundo tem problemas dentários. Por que só você iria ficar de fora? Vamos, abra essa boca!
- Não, não, não. Por favor - implorou. Morro de medo de anestesia.
Era o que eu suspeitava. É fácil ser corajoso com a boca dos outros. Quero ver continuar dentista é na hora de abrir a própria
boca. Levantei-me, joguei a seringa para o lado e disse-lhe, cheio de desprezo:
- Você não passa de um paciente!
MERGULHO NO TEXTO
1. Que fato dá origem à sequência de ações da história?
2. Quem é o protagonista da crônica?
3. Quem é o narrador nessa crônica?
NOVAES, Carlos Eduardo. A cadeira do dentista e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999.
LÍNGUA PORTUGUESA 3º BIMESTRE / 2022 -8º ANO

Respostas

respondido por: mca698843
0

Resposta:não sei

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