Nos primórdios dos tempos, os conflitos eram resolvidos mediante o exercício de autotutela. Ou seja, cada qual, lançando mão das armas de que dispunha, resolvia os conflitos existentes sem intervenção de terceiros, utilizando-se, inclusive, de violência. Com o passar dos tempos, criou-se a noção de Estado como terceiro imparcial para julgar e pacificar os conflitos existentes. A partir de então, o Estado-juiz substituiu as partes na atividade de fazer justiça, tomando para si esse dever pacificador. O ponto inicial da pacificação de conflitos se dá atualmente por meio de uma ação, exercitável pelo cidadão interessado em resolver seu conflito em face do Estado, responsável por prestar a tutela jurisdicional. (MORAES TAVARES, Tavares. Teoria Geral do Processo. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A. , 2019). Com base no texto e de acordo com o direito de ação e as teorias que buscam melhor explicar o referido direito, analise as seguintes afirmativas: I. A jurisdição é inerte, cabendo, portanto, às partes interessadas na solução do conflito romper com tal inércia mediante o exercício do direito de ação. II. Segundo a teoria abstrata do direito de ação, o direito de ação seria o próprio direito material em movimento, reagindo a uma agressão ou ameaça. Seria, pois, um poder que o indivíduo teria contra seu adversário, e não contra o Estado. Como se vê, à época, não se analisava o direito de ação como autônomo em relação ao direito material, tendo tal teoria prevalecido até o século XIX. III. Na teoria concreta, o principal avanço foi entender que o direito de ação é autônomo ao direito material, tratando-se, portanto, do direito de um indivíduo contra o Estado, com objetivo de obtenção de uma sentença favorável. Já a teoria abstrata, vê o direito de ação como autônomo e independente em relação ao direito material, mas vai além: acredita que se tratam de direitos independentes. É um direito abstrato a obtenção de um pronunciamento do Estado, por meio de decisão judicial, sendo que mesmo quando se
Respostas
De acordo com o direito de ação e as teorias que buscam melhor explicar o referido direito, as afirmativas corretas são I, III e V.
- II está incorreta porque a teoria abstrata não está condicionada ao direito material invocado.
- IV está incorreta porque segundo a teoria eclética, esse direito de ação, embora não esteja vinculado a uma sentença favorável, não é completamente independente do direito material.
Direito de ação l
Existem duas teorias que se relacionam com a transferência de propriedade, a saber, a teoria causal e a teoria abstrata.
Podemos diferenciar entre teoria abstrata e causal quando se trata de como os direitos reais são transferidos. No centro desta diferença; é a relação entre os acordos obrigatórios (sendo a causa), entrega (quando se trata de bens móveis) ou registro (quando se trata de bens imóveis), e a intenção de transmissão da propriedade.
Nos termos da teoria causal, para que haja uma transferência válida de propriedade sobre um imóvel, há um pré-requisito que deve ser cumprido, que é que o negócio jurídico subjacente ou iusta causa deve ser válido.
De acordo com a teoria abstrata, a validade da transferência de propriedade não depende da validade da transação subjacente que deu origem a tal transferência, por exemplo, uma venda ou doação. Nos termos desta teoria, existem dois requisitos que devem ser satisfeitos para a passagem ou transferência de propriedade de bens imóveis.
Completando a questão, temos que:
III. Na teoria concreta, o principal avanço foi entender que o direito de ação é autônomo ao direito material, tratando-se, portanto, do direito de um indivíduo contra o Estado, com objetivo de obtenção de uma sentença favorável. Já a teoria abstrata, vê o direito de ação como autônomo e independente em relação ao direito material, mas vai além: acredita que se tratam de direitos independentes. É um direito abstrato a obtenção de um pronunciamento do Estado, por meio de decisão judicial, sendo que mesmo quando se tem a improcedência, houve o exercício do direito de ação.
IV. A teoria eclética mantém os traços principais da teoria abstrata no sentido de que o direito de ação é autônomo e independente, sendo incondicional e genérico, pois existe quando o autor tem direito a um julgamento favorável de mérito.
V. A mais recente das teorias é a denominada teoria da asserção, segundo a qual o direito de ação depende do grau de cognição do juiz. Se o juiz puder sumariamente concluir pela inexistência de uma ou mais condições da ação, deve extinguir o processo sem adentrar seu mérito, por carência de ação; mas se o juiz necessitar de uma cognição mais aprofundada, então não haverá extinção sem apreciação do mérito, e sim sentença de improcedência do pedido do autor.
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Resposta:
As afirmativas I, III e V estão corretas.
Explicação:
corrigido pelo AVA