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A oposição que atacava Vargas, formada majoritariamente por políticos udenistas (da UDN), tinha como argumento que as medidas nacionalistas tomadas pelo presidente eram parte de um projeto que abriria o caminho para a subversão e a revolução, e havia também algumas acusações de que ele pretendia construir uma “república sindicalista” no país, aos moldes do peronismo na Argentina.
Essas críticas causaram grande preocupação na classe média brasileira, convencida de que a política nacionalista na economia era parte de um projeto que levaria o país à luta de classes. Vargas até tentou conquistar o apoio da oposição udenista por meio de acordos políticos, mas os udenistas rechaçaram qualquer tipo de acordo com ele, pois o antigetulismo era um sentimento que alimentava uma parcela considerável da elite política brasileira, e a UDN era um partido que havia surgido como oposição ao varguismo.
Quando Vargas foi eleito presidente, a UDN atuou consistentemente para impedir sua posse. Em 1950, chegou a acionar o Supremo Tribunal Eleitoral para que a vitória de Vargas fosse anulada por não alcançar a maioria absoluta dos votos (mais de 50%). Esse argumento caiu por terra, uma vez que a Constituição de 1946 não exigia isso.