• Matéria: Biologia
  • Autor: Lucaslucas10
  • Perguntado 9 anos atrás

Hábito de vida de um plasmódio

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respondido por: marianacruz19
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O Plasmodium é um parasita unicelular protozoário, que infecta os eritrócitos, causando a malária. É transmitido a seres humanos pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. São parasitas esporozoides das células sanguíneas. Têm diversas formas, de acordo com a fase do ciclo de vida, e em média cerca de 1-2 micrómetros de diâmetro (a hemácia tem cerca de 7 micrómetros). Têm duas fases de reprodução, assexual no ser humano e sexual no mosquito.

Há cinco espécies que infectam humanos: P.falciparum, P.vivax, P.ovale, P.malariae e P.knowlesi.

Ciclo de vida Editar
O ciclo de vida dos anenomenos inicia-se com a picada de uma pessoa por um mosquito fêmea do gênero Anopheles que, antes de sugar o sangue dos capilares, injecta uma pequena quantidade de saliva anticoagulante rica em plasmódios na corrente sanguínea.


O ciclo de vida do parasita da malária. Parasitas entram no hospedeiro vertebrado através da picada de um mosquito fêmea do gênero Anopheles. Esporozoítos entram na pele e viajam para o fígado através do sistema circulatório sanguíneo, onde eles multiplicam em merozoítos, os quais retornam ao sistema circulatório. Merozoítos infectam hemácias, onde se desenvolvem através de vários estágios para produzir mais merozoítos, ou gametócitos. Gametócitos são ingeridos por um mosquito Anopheles que venha a picar a pessoa infectada (infectando também o mosquito), continuando o ciclo.
Assexuado Editar
Os plasmódios estão na fase de esporozoíto, e chegam em menos de 30 min pela corrente sanguínea ao fígado, onde invadem os hepatócitos. Os esporozoítos dentro dos hepatócitos transformam-se em esquizontes, maiores e multinucleares. Esses dividem-se por reprodução assexuada, gerando milhares (mais se forem P. falciparum, menos se outras espécies) de merozoítos, uma fase que dura seis dias (P.falciparum) ou algumas semanas (outras espécies). São os merozóitos que invadem os eritrócitos (glóbulos vermelhos). No caso do P.falciparum, todos os esquizontes se transformam em merozóitos, mas nas outras espécies alguns ficam dormentes no fígado, uma forma conhecida como hipnozoite, e a infecção pode reaparecer, mesmo se aparentemente curada, muitos anos depois (frequente em Portugal nos retornados de África, ainda hoje). Os merozóitos dividem-se assexuadamente no interior dos eritrócitos, até ocorrer lise, saindo a descendência e substâncias tóxicas para o sangue que irá infectar mais eritrócitos.

Sexuado Editar
Alguns merozóitos tranformam-se em formas sexuais após meiose. As formas sexuais (macrogametas e microgametas) são aspiradas por novo mosquito Anopheles quando este pica a pele. No estômago do mosquito o microgameta sofre exflagelação e funde-se com o macrogameta, gerando um zigoto. Este diferencia-se em oocineto, uma forma móvel, que atravessa a parede do estômago e se aloja na membrana basal diferenciando-se em oocisto e desenvolvendo-se em esporozoítos, estourando o oocisto e migrando para as glândulas salivares do inseto, de onde invadem um novo hóspedeiro humano. Podem exisitir muitos oocisto no estômago do Anopheles, mas os danos causados a parede do estômago quando os oocistos eclodem não parecem ter efeito negativo na longevidade do mosquito.

Ciclos e sistema imunológico Editar
Dentro das hemácias, os merozóitos não são detectáveis pelo sistema imunológico. Só quando a hemácia rompe e antes de terem tempo de penetrar noutra, é que são detectados, havendo produção de citocinas pelos leucócitos, como a IL-1, que produz febre, tremores, e mal-estar. Como todos os merozóitos originais foram libertados do fígado ao mesmo tempo, e cada um demora mais ou menos o mesmo tempo a se reproduzir na sua hemácia, o rebentamento das hemácias com sintomas de febre violenta tendem a ocorrer em períodos sincronizados, com períodos assimptomáticos intervenientes (que correspondem à divisão dos merozóitos dentro das células, onde não são detectados).

Fatores de virulência Editar
O parasita produz proteínas (proteínas PfEMP1) que secreta dentro da hemácia. Elas são transportadas para a membrana celular. Aí funcionam como adesinas, ligando-se a moléculas presentes nas paredes dos vasos sanguineos, tornando mais lenta a circulação do eritrócito. Desse modo o parasita evita a passagem no baço, onde é possivelmente destruído, já que o baço é um órgão imunológico e de renovação das hemácias. Teoricamente, seria possivel destruir o plasmódio através da formação de anticorpos contra essas proteínas. No entanto, o plasmódio possui 50 conjuntos diferentes com a mesma função e vai trocando-os aleatoriamente, de modo que quando os anticorpos específicos para um conjunto estão em produção já ele mudou o conjunto que utiliza

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