• Matéria: História
  • Autor: liviaacypriano
  • Perguntado 9 anos atrás

Qual foi a contribuição dos judeus para a cultura ocidental

Respostas

respondido por: Precisodeeajudaa1234
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Acho que esse texto pode te ajudar, da uma lidinha.

A contribuição dos judeus para a humanidade é patente desde Abraão – o primeiro hebreu que há mais de quatro mil anos emigrou para Canaã e fundamentou o conceito do Deus Único e a prática da caridade e da justiça. Veio depois Moisés, que libertou os hebreus da dura escravidão do Egito em 1150 a.C., formou a primeira organização governamental e nos transmitiu os Dez mandamentos de Deus, pedra fundamental da Bíblia hebraica (Torá) e uma das maiores contribuições à humanidade, que ainda hoje formam as bases das leis morais e regras éticas que regem as sociedades judaico-cristãs.

Nenhum outro povo nascido na mesma época que os judeus, diante das mais terríveis ameaças à sua sobrevivência, teve tenacidade para manter-se vivo e unido até os dias atuais. Nenhum outro povo conseguiu preservar suas memórias e aspirações por milhares de anos de perseguições ou apresentou força de espírito para sobrepujar séculos de adversidades. Nenhum outro povo teve a incrível capacidade de se reinventar e de se reerguer a cada tragédia. O judaísmo europeu foi da quase eliminação para a criação do estado de Israel, ou seja, em muito poucos anos nenhum outro povo foi capaz de tamanha virada em sua história em tão curto intervalo de tempo.

O foco geográfico da história do povo judeu mudou algumas vezes ao longo da história, em função da diáspora judaica. Por cerca de 2.200 anos sua história passou-se basicamente no Oriente Médio (Palestina, Egito e Mesopotâmia), mas com o início da diáspora, no ano de 135 da nossa era, com a destruição do templo de Salomão pelos romanos, boa parte dos judeus se espalhou pelo mundo e a história judaica passa a ser contada em diversas regiões e países do Oriente Médio, Europa, Ásia e Américas. Somente com a criação do estado de Israel, em 1948, o foco da história voltou ao seu lugar inicial. Os judeus que não retornaram à Terra Prometida passaram, no entanto, a ter um papel fundamental no apoio financeiro e político a Israel.

A espantosa mobilidade geográfica judaica criou duas circunstâncias interessantes e que têm íntima relação de causa e efeito: as inúmeras ondas migratórias da diáspora judaica e o quanto os judeus influenciaram o poder econômico (e militar) das nações em que chegaram. O estabelecimento em um país de boa parcela do povo judeu, transformando-o no principal centro judaico de atividade intelectual, econômica e política sempre contribuía para sua supremacia global. Vimos tal fato acontecer na Espanha, (que teve sua época de ouro com a migração judaica, sendo que Toledo era considerada a Jerusalém do ocidente, pela integração em seu território de cristãos, árabes e judeus), seguindo por Portugal, onde os judeus deram um grande alento às grandes navegações, contribuindo em todos os sentidos, Holanda (com seus ourives que lidavam com ouro e diamantes), Inglaterra e mais tarde pelos Estados Unidos da América. Exatamente nessa ordem cronológica, esses países tiveram sua ascensão hegemônica após uma forte migração de judeus para suas fronteiras. Aqui também se inclui o Império Austro- Húngaro (1867-1916), no qual os judeus tiveram uma ascensão notável e fizeram desse pedaço da Europa, nessa época, um centro irradiador da cultura moderna.

Além disso, os judeus tiveram grande participação na mudança do sistema feudal para o capitalismo comercial, na expansão do velho Continente para o Novo Mundo e ainda na revolução industrial.

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