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Ao estudarmos um ser vivo, sempre nos preocupamos em conhecer seu habitat e seu nicho ecológico. Esses dois conceitos são extremamente importantes para o estudo da ecologia e não devem ser confundidos.
Habitat diz respeito ao local em que uma determinada espécie vive. Cada espécie está adaptada para viver em determinado lugar, sendo esse o ambiente ideal para que ocorram a sua reprodução, alimentação e sobrevivência.
Quando falamos em nicho ecológico, estamos nos referindo ao modo de vida desse ser, suas relações ecológicas, seu modo de reprodução, do que ele se alimenta, quem são seus predadores naturais, entre outras características. Sendo assim, podemos dizer que o nicho é o papel ecológico de um ser vivo na comunidade em que ele vive.
O papagaio-da-cara-roxa (Amazona brasiliensis), por exemplo, é uma espécie encontrada na Mata Atlântica, sendo, portanto, esse o seu habitat. A respeito do seu nicho ecológico, podemos dizer que essa espécie vive aos pares, é muito ativa no período da manhã e no final do dia e alimenta-se de frutos, folhas e até mesmo flores.
Para facilitar o estudo, muitos autores gostam de fazer uma relação entre os dois termos e a nossa vida cotidiana. O habitat seria o endereço de um ser vivo na natureza, enquanto o nicho ecológico seria o seu trabalho em um determinado ecossistema.
Agora que você já sabe a diferença entre habitat e nicho ecológico, vamos utilizar outro exemplo para fixarmos o que foi aprendido. Leia o trecho a seguir:
O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é uma espécie encontrada apenas na Mata Atlântica. Costuma ser avistado em grupos familiares e vivem cerca de oito anos. Sua dieta apresenta frutos, alguns invertebrados e pequenos vertebrados. São responsáveis pela dispersão de uma grande quantidade de sementes e, portanto, muito importantes nesse bioma.
No caso acima, podemos concluir que o habitat do mico-leão-dourado é a Mata Atlântica. Quando falamos de seu modo de vida, do que se alimenta e da sua reprodução, estamos falando de seu nicho ecológico.
ATENÇÃO!!! Muitas espécies correm risco de extinção principalmente pela destruição de seu habitat. Ao destruirmos o local onde esses seres vivos vivem, eles acabam procurando outras áreas para habitar. Entretanto, muitos morrem no caminho ou então não se adaptam ao seu novo lar. Esse é o caso do tatu-bola, que vive na Caatinga e no Cerrado brasileiro e sofre com a caça e a destruição do seu habitat.