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Um acaso levou à descoberta de uma múmia de cinco mil anos, congelada e soterrada nos Alpes do Tirol, na fronteira entre a Itália e a Áustria. Ela foi batizada como Ötzi, o homem de gelo, por ter sido encontrada no maciço de Ötzal. A descoberta gerou uma série de pesquisas por parte de estudiosos de várias áreas, o que aponta a grande importância da descoberta, já que é uma das poucas múmias bem conservadas encontradas na Europa.
Apesar do enigma, o que é mais interessante nesta história toda é a reconstrução de um passado muito distante proporcionado pelo encontro desta múmia. Segundo Jean Guilaine, historiador e professor do Collège de France, Ötze foi encontrado por acaso durante uma caminhada do casal alemão Erika e Helmute Simon pela montanha Similaun, sendo que os arqueólogos dataram a idade da múmia em 5 mil anos, já que os vestígios vegetais encontrados nos equipamentos do homem indicavam que ele havia vivido entre os anos de 3300 e 3100 a.C.
A conservação do corpo em baixas temperaturas possibilitou saber que era um homem que tinha entre 40 e 50 anos quando morreu, detentor de cabelos crespos e castanhos, cultivava ainda uma barba. Este conhecimento foi obtido com os pelos encontrados em suas roupas e objetos. Tinha ainda tatuagens que adornavam os pontos dolorosos de seu corpo causado por uma possível artrose. Estas marcas feitas com carvão podem indicar um conhecimento do corpo semelhante ao da acupuntura chinesa, já que as marcas estão em locais que também são indicados por este ramo da medicina oriental.