• Matéria: Filosofia
  • Autor: bertoli
  • Perguntado 9 anos atrás

RESUMO DO FILME APOCAPYTO

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respondido por: Salvatoregio
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A história se passa na península de Iucatã e conta a saga de uma tribo que é destruída e aprisionada pelos Maias, num confronto em que fica nítida a superioridade destes com relação aos outros povos que habitavam a região da América Central. Cronologicamente, o filme se passa há aproximadamente 516 anos. A saga tem fim justamente no dia 12 de outubro de 1492, com Cristovão Colombo chegando a América e dando início ao que seria a Colonização Espanhola e o declínio da Civilização Maia.

Mel Gibson recebes os méritos ao fazer com que todos os atores falem em yucateco, língua local, da época (em A Paixão de Cristo ele já tinha lançado mão deste recurso). A pesquisa linguística merece, pois, congratulações.

O filme gira em torno de Jaguar Paw, seu filho e sua esposa grávida. O caçador consegue colocá-los num abrigo pouco antes de sua tribo ser massacrada e ele mesmo levado como prisioneiro. O roteiro é óbvio. A família torna-se a motivação que leva Jaguar Paw a fugir do julgo inimigo e resgatá-los. O trajeto até a cidade Maia mostra sofrimento e muita selva... Lá, Gibson retrata "El pasant" hábitos daquela que foi uma das três grandes civilizações hispânicas do continente. Mulheres eram vendidas como escravas e prisioneiros ou eram sacrificados, ou eram submetidos a trabalhos forçados que permitiram a construção de grandes cidades de pedra. Havia comércio, pedintes, ladrões e uma sociedade altamente hierarquizada. Os reis eram vistos como deuses e o misticismo permeava a vida ordinária.

Se o objetivo de Gibson era fazer um filme de perseguição, ele conseguiu. A primeira cena, uma caçada pela selva, já dita o ritmo do que vem pela frente. O filme é uma correria ininterrupta. Mas nos primeiros diálogos já fica claro a pouca preocupação com o roteiro. As frases são estereotipadas e a interpretação é tão pouco natural que parece sarcasmo com filmes de mesmo gênero. Frases curtas e fortes que apelam para o brio, para a coragem e pela emoção e que não trazem, absolutamente, nenhuma novidade para o gênero. O roteiro é trivial e óbvio. Desde o momento em que Jaguar Paw esconde sua família na gruta está determinado o final. Já se sabe que ele fugir, voltar e resgatá-los. Quando um dos maias mata o pai do protagonista, cria-se o vilão que a estória precisava. A rixa entre os dois é levada até os minutos finais. Não se trata, portanto da resistência de um povo ao julgo do outro. Jaguar Paw é um herói solitário que luta contra os maias e a selva com habilidades quase ?divinas? tamanha as façanhas que ele consegue realizar. Foge fruto de uma série de coincidências inacreditáveis. Um eclipse solar no exato momento de seu sacrifício, um jaguar que o perseguia e o troca por um inimigo (aliás correspondendo a profecia de uma criança, transeunte e rechaçada pelos maias por estar doente) e, quando já não tem mais forças para lutar contra seus dois últimos perseguidores, nada mais, nada menos do que Cristovão Colombo chega a América. A maquiagem e o figurino merecem alguma atenção. Gibson recebeu críticas por não prezar pela exatidão do relato histórico e por estereotipar mais do que devia a civilização maia como violenta. A destruição é exacerbada, cabeças rolam (literalmente), sangue jorrando e corações pulsando não faltam em momento algum. Se é real que o diretor tentou alertar a sociedade para sua possível corrosão movida pela destruição do meio ambiente, pela ganância e pelo consumismo, fazendo um paralelo entre o declínio dos maias e o nosso futuro possível há de se dizer que ele falhou grotescamente.
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