1 A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
4 e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
7 sabe lá o que quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
10 o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, seqüestram-me.
13 Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
16 a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a priminha.
O português são dois; o outro, mistério.
Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para
No poema, a referência à variedade padrão da língua está
expressa no seguinte trecho:
A “A linguagem / na ponta da língua” (v.1 e 2).
B “A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v.5 e 6).
C “[a língua] em que pedia para ir lá fora” (v.14).
D “[a língua] em que levava e dava pontapé” (v.15).
E “[a língua] do namoro com a priminha” (v.17).
Respostas
respondido por:
13
Está correta a alternativa (B). Quando o enunciado pede a "variedade padrão da língua", ele se refere às variáveis padrões/comuns da língua - seu alfabeto, suas letras, assim como Drummond se refere em analogia por "superfície estrelada de letras".
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