Instruções: As questões de números 10 e 11 referem-se ao poema abaixo.
Epígrafe*
Murmúrio de água na clepsidra** gotejante,
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio de areia na ampulheta vigilante,
Leve sombra azulando a pedra do quadrante***
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre...
Homem, que fazes tu? Para que tanta lida,
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a vida
É um punhado infantil de areia ressequida,
Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa...
(*) Epígrafe: inscrição colocada no ponto mais alto; tema.
(**) Clepsidra: relógio de água.
(***) Pedra do quadrante: parte superior de um relógio de sol.
(Eugênio de Castro. Antologia pessoal da poesia portuguesa)
A imagem contida em “lentas gotas de som” (verso 2) é retomada na segunda estrofe por meio da expressão:
(A) tanta ameaça.
(B) som de bronze.
(C) punhado de areia.
(D) sombra que passa.
(E) somente a Beleza.
Respostas
respondido por:
13
A alternativa correta é a B.
Ao trazer a imagem de “som de bronze”, remete-se às lentas gotas de som que, pela interpretação do texto, são trazidas pelo relógio de água na torre, que marca o tempo.
O poema em si é um retrato da pressa dos homens, com sua ambição louca e desvairada, sem levar em consideração que a vida é passageira e não vale a pena cultivar ódio e ameaça, quando se pode ver a beleza na vida.
respondido por:
5
Olá!
ALTERNATIVA B
Som de bronze
A sinestesia que consiste na mistura dos sentidos aparece em "lentas gotas de som", dessa maneira pretendendo se referir ao experimento de algo sonoro e visual.
Essa metáfora sinestésica, assim como "som de bronze", refere-se ao relógio, o qual representa a transitoriedade do tempo.
Bons Estudos
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