• Matéria: ENEM
  • Autor: Gisetmonek
  • Perguntado 9 anos atrás

12 Murilo Mendes, em um de seus poemas, dialoga com a carta de Pero Vaz de Caminha:

“A terra é mui graciosa,

Tão fértil eu nunca vi.

A gente vai passear,

No chão espeta um caniço,

No dia seguinte nasce

Bengala de castão de oiro.

Tem goiabas, melancias,

Banana que nem chuchu.

Quanto aos bichos, tem-nos muito,

De plumagens mui vistosas.

Tem macaco até demais

Diamantes tem à vontade

Esmeralda é para os trouxas.

Reforçai, Senhor, a arca,

Cruzados não faltarão,

Vossa perna encanareis,

Salvo o devido respeito.

Ficarei muito saudoso

Se for embora daqui”.

MENDES, Murilo. Murilo Mendes — poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Arcaísmos e termos coloquiais misturam-se nesse poema, criando um efeito de contraste,

como ocorre em:

(A) A terra é mui graciosa / Tem macaco até demais

(B) Salvo o devido respeito / Reforçai, Senhor, a arca

(C) A gente vai passear / Ficarei muito saudoso

(D) De plumagens mui vistosas / Bengala de castão de oiro

(E) No chão espeta um caniço / Diamantes tem à vontade

Respostas

respondido por: EduardoPLopes
235

O contraste entre uma expressão arcaísta e coloquial está na alternativa A.

Os arcaísmos são os usos da linguagem que remetem a uma forma mais antiga, usada no passado, e é uma forma de desenvolver o estilo de um texto. No caso em questão, "mui graciosa" é uma forma arcaica de falar, que remete a um período antigo.

Já o coloquial é aquilo que é comum, que é "linguagem das ruas". No caso em questão, "tem macaco até demais" é um uso popular, mas não normativo, da língua.

respondido por: erickfaria04
23

Resposta:

(A) A terra é mui graciosa / Tem macaco até demais

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