Respostas
respondido por:
8
"Eu só tenho consciência de mim se existir algo que não sou eu." A partir daqui Hegel dá um salto qualitativo: ele assume que se existe algo que não sou eu, eu desenvolvo com esse algo uma relação, um amor-ódio. Para Hegel, esta relação amor-ódio materializa-se sob forma de desejo. Desejar é querer possuir, sem destruir mas despojando o objecto da sua individualidade, da sua oponência, da sua externalidade.
Disse um salto qualitativo, porque se baseia numa premissa muito apreciada pelos marxistas: a verdade nunca pode ser alcançada por contemplação, mas sim agindo no mundo e transformando-o, ou seja, destruindo a sua natureza e reconstruindo-o segundo a realidade operativa daquele que possui: a chamada "unidade de teoria e prática" dos marxistas. Esta noção, de que o ser consciente-de-si descobre que para se realizar completamente tem que mudar o mundo externo e torná-lo seu, está inscrita na lápide de Marx: "Os filósofos apenas interpretaram o mundo de vários modos; a questão porém é mudá-lo."
Disse um salto qualitativo, porque se baseia numa premissa muito apreciada pelos marxistas: a verdade nunca pode ser alcançada por contemplação, mas sim agindo no mundo e transformando-o, ou seja, destruindo a sua natureza e reconstruindo-o segundo a realidade operativa daquele que possui: a chamada "unidade de teoria e prática" dos marxistas. Esta noção, de que o ser consciente-de-si descobre que para se realizar completamente tem que mudar o mundo externo e torná-lo seu, está inscrita na lápide de Marx: "Os filósofos apenas interpretaram o mundo de vários modos; a questão porém é mudá-lo."
Perguntas similares
7 anos atrás
7 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás