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Weber procura demonstrar que, desde o início da Reforma assiste-se ao nascimento de
uma concepção espiritual do trabalho, bem como ao aparecimento de uma ética profissional, as quais constituíram um aspecto central do espírito do capitalismo, que favoreceu seu desenvolvimento no Ocidente. Até então, em toda a sua história, o trabalho era considerado de maneira ambivalente. O trabalho era indispensável para a reprodução biológica e social da humanidade, mas era indesejável. Sobre ele pesava uma condição de castigo e anulação da individualidade das pessoas. Essa visão ambivalente do trabalho é encontrada na cultura judaico-cristã que, apesar de estar na origem de mudanças profundas no sentido do trabalho, ainda não o sublinha como possibilidade de manifestação de um lugar social, uma vez que valoriza o trabalho manual
uma concepção espiritual do trabalho, bem como ao aparecimento de uma ética profissional, as quais constituíram um aspecto central do espírito do capitalismo, que favoreceu seu desenvolvimento no Ocidente. Até então, em toda a sua história, o trabalho era considerado de maneira ambivalente. O trabalho era indispensável para a reprodução biológica e social da humanidade, mas era indesejável. Sobre ele pesava uma condição de castigo e anulação da individualidade das pessoas. Essa visão ambivalente do trabalho é encontrada na cultura judaico-cristã que, apesar de estar na origem de mudanças profundas no sentido do trabalho, ainda não o sublinha como possibilidade de manifestação de um lugar social, uma vez que valoriza o trabalho manual
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