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Medievais: Por causa da "peste negra" os homens eram obrigados à viver em casas completamente fechadas para manter o calor. O piso era de terra batida, às vezes forrado com palha ou junco. O aquecimento era proporcionada por uma fogueira, quase sempre acesa no centro do ambiente. Não havia chaminé, apenas um buraco no teto, que além de deixar sair a fumaça também permitia a entrada da chuva, o que costumava apodrecer a palha do piso no inverno. As camas, quando haviam, eram geralmente fechadas com cortinas, para proporcionar um pouco de privacidade. Eram mais largas que compridas, já que nelas dormiam de duas a oito pessoas. O homem medieval geralmente dormia despido, com a cabeça protegida por uma touca. O móvel mais utilizado era a arca, devido às suas múltiplas funções, já que o fator limitante quanto ao número de móveis era o seu custo, bastante elevado na época. Os ambientes úmidos e enfumaçados, a falta de privacidade e a promiscuidade facilitavam sobremaneira a transmissão de doenças. Obter água limpa para beber e cozinhar era um problema, pois o conteúdo das fossas infiltrava-se no solo e contaminava os poços. Lixo, resíduos de curtume e matadouros poluíam os rios. Um dos aspectos mais fundamentais da higiene, o banho, era considerado prejudicial se tomado em excesso. E “banhar-se em excesso” geralmente significava fazê-lo mais de duas ou três vezes por ano. O cheiro de corpos não lavados impregnava todas as casas. Mesmo os monges da abadia de Cluny, a mais opulenta da Europa, banhavam-se apenas duas vezes por ano, antes da páscoa e antes do natal. Nas áreas urbanas, o esgoto e a água usada eram simplesmente atirados pela janela, muitas vezes na cabeça do transeunte que tivesse a infelicidade de estar no lugar e hora errados.
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