Respostas
Quando se olha para um mapa mundial (ou simplesmente se utiliza a memória visual), podem-se ver os continentes dispostos de uma maneira clássica: as Américas enfileiradas a oeste da África, a Europa no hemisfério Norte, entre o Polo Norte e o mar Mediterrâneo; a Ásia se estendendo do Oriente Médio ao Oceano Pacífico, e a Oceania ao sul dos países asiáticos. Todos os cinco continentes arrumadinhos e banhados pelos mesmos oceanos, há milhares de anos. Mas as peças nem sempre estiveram dispostas no tabuleiro da Terra dessa maneira.
Após o resfriamento da crosta terrestre (que envolve o manto e o núcleo da terra), há aproximadamente 4.000 milhões de anos, a “casca” começou a se deslocar e a se organizar de diferentes maneiras. Essa organização das massas continentais em relação ao globo terrestre se dá graças ao reflexo do espalhamento do Fundo Oceânico e da deriva Continental, além da influência das placas tectônicas.
As placas tectônicas – região de encontro dessas massas − se movimentam, na mesma direção ou na direção contrária. Esse movimento influenciará diretamente o deslocamento das massas continentais, que podem migrar − sair do lugar − de zonas equatoriais para as regiões temperadas ou em qualquer outro sentido, agrupando-se e formando grandes continentes. O primeiro deles, o supercontinente Pangeia, abrigava, em uma única superfície, todos os continentes atuais.
Sua divisão iniciou-se há 200 milhões de anos, segundo ateoria defendida pelo cientista Sul-Africano Alexander Du Toit, e gerou dois continentes chamados de Gondwana e Laurásia. Desde então, as massas continentais vêm mudando de posição e de forma, sofrendo processos de soerguimento (orogenias) e aberturas (rifteamentos). O soerguimento, aliado ao aquecimento do manto terrestre, deu origem às cadeias montanhosas, originadas nas áreas em que as placas se encontram e se empilham, como aconteceu no período Terciário com a Cordilheira dos Andes, os Alpes e o Himalaia.