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O documentário “Um encontro com Lacan”, relata um pouco da historia de vida de Jacques Lacan. Nascido no século XX, em uma família católica que se formou em medicina e se especializou em Psiquiatria, como também relata a sua relevância para a psicanálise, relatos de alguns analisados e o quanto para muitos ele era considerado o maior psicanalista desde Freud.
No entanto, para a psicanálise dos sintomas têm um sentido e se relacionam com as experiências do sujeito, sendo assim ele repete pelos sintomas tudo que criou em sua vida.
Desta forma, o sintoma é uma formação de compromisso entre desejo, recalque e sua realização, pois quando o sujeito deseja algo que não pode ser realizado, ele recalca e como não recalca por completo, as falhas vêm como sintomas. Sendo assim, o trabalho do analista está na tentativa de fazer com que o paciente dê um novo sentido ou direção, fazer com que ele veja os sintomas de outro ângulo, de forma que ele saia do discurso repetitivo e dê um novo sentido ao sintoma.
Portanto, os relatos de seus pacientes pode-se perceber este trabalho e o quanto ele é importante no tratamento, quando eles diziam que ele dava atenção para as questões considera das banais por eles, fazendo-os enxergar que não são banais e sim relevantes ao seu tratamento, dando então uma nova direção ao sintoma.
No tocante, outro depoimento que deixa claro é quando o paciente consegue sair de um discurso repetitivo, é o da Alemã Suzanne Hommel, nascida em 1938, a qual relata que viveu os anos da guerra com todos os terrores, as angústias, o pós-guerra, a fome, as mentiras, etc., onde conta que sempre quis deixar a Alemanha por causa disso, então pergunta a Lacan se poderá curar desse sofrimento, e então entende que não. Pensava que podia arrancar a dor com a analise.
Certo dia Suzana resolve contar seu sonho a Lacan: “Acordo todo dia às 05h”, e acrescentou: “Era às 5h que a Gestapo vinha procurar os judeus em suas casas.”