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EXISTE UM LIMITE DE TEMPERATURA?
Você já deve ter ouvido falar sobre o zero absoluto – a menor temperatura possível. Mas isso significa que ela é de fato a menor temperatura possível ou é o máximo que podemos medir? Existe, em contrapartida, uma temperatura máximo do universo?
Antes de mais nada, precisamos deixar claro o conceito de temperatura, que nada mais é do que a medição do grau de desordem de um sistema. Quando este sistema é resfriado até o zero absoluto (0 K, ou -273.16º C), ele está perfeitamente ordenado, ou seja, todos os seus átomos estão no devido lugar.
Por outro lado, quanto mais alta é uma temperatura, mais caótico esse sistema se torna. Quando algo fica muito quente, suas partículas apresentam uma grande quantidade de energia termal. É por essa razão que os líquidos se vaporizam após atingir uma determinada temperatura – sua energia termal supera a força que mantém os átomos do material unidos.
Em temperaturas ainda mais elevadas, os átomos se dissociam em elétrons e plasma de íons – um outro estado de matéria. Quanto mais energia é adicionada ao sistema, mais caótico ele fica, e portanto mais quente.
Então, como há um limite para a quantidade de energia total do universo, podemos dizer que há também um limite máximo para a temperatura. E esse limite já foi atingido uma vez, quando o universo tinha 10-43 segundos de idade, apenas uma fração de segundo após o Big Bang. Nesse instante, a temperatura do universo era de 1032 K. O centro do Sol, com 15 milhões de graus Celsius, é muito gelado em comparação com essa temperatura.
Evidentemente, como é impossível obter toda a energia do universo e aplicá-lo em um único sistema, a temperatura máxima do universo não é atingível, assim como o zero absoluto também não é. O máximo que os cientistas puderam atingir foi algo muito próximo do zero absoluto, mas nunca -273.16º C.