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O Estado de S. Paulo
27 Julho 2015 | 05h00
Dizem, com frequência, que os empregados são o maior patrimônio de uma empresa. É igualmente verdade que ele são seus maiores problemas. Praticamente, não há uma semana em que uma companhia não seja vítima de empregados que se tornaram inimigos ou incômodos. Em 20 de julho, o Ashley Madison, um website para pessoas casadas que buscam ter um affair, anunciou que sofrera uma invasão por hackers. Noel Bideman, o diretor-presidente da companhia, acredita que o ataque foi um “serviço interno”. Em 6 de julho, o HSBC demitiu um grupo de empregados quando aflorou que eles tinham filmado a si mesmos numa “decapitação fingida ao estilo do Estado Islâmico” de um colega asiático trajando um macacão laranja.
O tipo mais familiar de inimigo interno é o fraudador. A Economist Intelligence Unit, uma organização irmã de The Economist, realiza uma pesquisa regular com executivos seniores sobre o tema de fraudes cometidas por pessoas de dentro das corporações. Em 2013, a pesquisa revelou que cerca de 70% das empresas tinham sofrido ao menos um caso de fraude – 61% mais que na pesquisa anterior. A fraude é em geral pequena: uma pesquisa com empregados britânicos para YouGov, em 2010, revelou que um quarto do pessoal admitiu inflar reembolsos.